quarta-feira, abril 22, 2009

O pacote moralizador com enfoque na esperteza (Leve vantagem você também. Caro parlamentar)

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Diante da série de escândalos que envolve um número considerável de deputados na farra das passagens aéreas, integrantes da Mesa Diretora da Câmara Federal e líderes partidários, se reuniram a pedido do presidente da Casa do Partido do Movimento Democrático Brasileiro eleito pelo estado de São Paulo (PMDB-SP), para discutirem as medidas de adoção do "pacote moralizador", que visa disseminar a crise ética que se abateu sobre o Legislativo.

O pacote da transparência vem cheio de boas intenções em relação aos gastos dos deputados, pois além de restringir a emissão de passagens aéreas, o plano é colocar na internet todas as despesas relacionadas com a verba indenizatória.

Porém, a formalização dessa nova regra ainda deverá passar por muita discussão, porque nem tudo é santificado naquela Casa, já que os deputados acertam as mudanças em regras com o olho focado no aumento que será embutido no salário parlamentar a fim de amenizar as perdas do pacote de mordomias.

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Na iniciativa privada, quem define o salário, os reajustes e os benefícios dos empregados são os patrões após negociações com os sindicatos. Então porque os salários e as mordomias dos políticos são definidos por eles mesmos?

A cada dia nos deparamos com informações de aumentos salariais, de cargos comissionados, de mordomias e aumento de verbas para parlamentares. Quais os critérios? Seria argumentação fundamentada na “Lei de Gerson”, que nos idos da década de ’70 se dizia: “Leve vantagem você também?”

A opinião pública, a sociedade civil e as entidades de classe têm que colocar pressão e se manifestar contra essa política viciada de especulação e esperteza, pois, se eles (os políticos de carteirinha) não estão satisfeitos com os salários que ganham, então que não se candidatem mais. Isso seria um grande favor e benefício que fariam para nós.
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