terça-feira, junho 22, 2010

A temporada de ócio no Congresso



O papo é que em junho tem feriado de Corpus Christi. Em junho começa as convenções partidárias. Em junho inicia os jogos da Copa do Mundo de Futebol. Em julho começa o recesso branco parlamentar. Em agosto está oficializado o início das campanhas eleitorais. Em setembro, a reta final das campanhas para as eleições. Em outubro, as eleições.

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Porém, no entanto, segundo uma declaração do presidente do senado e coroné do Maranhão pelo partidão de todos os governos, PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro): “Há um ledo engano no conceito que se cria em relação ao recesso parlamentar. Um político vive permanentemente trabalhando”.

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Em suma; O coroné do Maranhão, mas senador eleito pelo estado do Amapá (que me perdoe os amapaenses que optaram pelo partidão que costura apoio em todos os governos para não perder a representatividade), dentro de todo o direito que lhe merece, precisa aprender a discernir que quando um político acorda cedo para visitar as bases políticas a fim de trabalhar em benefício de uma campanha em pró de sua eleição é uma coisa. Outra coisa é procurar justificativas para explicar a ociosidade parlamentar.

Falha e pesa também, à memória deste ilustre parlamentar, o fato de que ele ainda não captou a verdadeira função do comprometimento que lhe foi imposto depois de conquistar uma procuração outorgada pelo povo onde diz que o parlamentar deve trabalhar na função de legislar, de discutir políticas, de aprovar projetos, de debater temas contundentes à sociedade. E não apenas, aplicar e manter uma relação íntima de estudo aplicado sobre a cultura política do colonialismo português que favorece o entendimento de que o estado é uma extensão do seu próprio patrimônio. Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.

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Ah! A expectativa é de que, em agosto e setembro, os parlamentares apareçam no Congresso apenas 15 dias para firmar compromisso de trabalho. Porém, o salário de R$ 16.000,00, no entanto, será depositado na íntegra e com todas as benesses econômicas previamente calculadas para restituir ressarcimentos e despesas funcionais de infra-estrutura que constitui o trabalho de um parlamentar.


Postado por Sandro Ostroski

terça-feira, abril 27, 2010

Maturidade dos 50 ou imaturidade política


O papo é que há poucos dias Brasília viveu o um momento especial devido à comemoração do seu cinquentenário. Todos os cidadãos mobilizados para a festa transformaram a sede do poder e um espaço de lazer.

Simultaneamente, estudantes da UnB (Universidade de Brasília), ocuparam um prédio suntuoso, localizado na Asa Norte, construído com verbas que certamente estouraram todos os orçamentos de planejamento e que será destinado a nova sede da Assembléia Distrital de Brasília.

Os estudantes exigiam (e é claro, não conseguiram) a renúncia do recém-empossado governador-tampão do Distrito Federal, Rogério Rosso do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), eleito para um mandato que segue até o final do ano por uma Câmara Distrital onde a grande maioria da composição governamental estava diretamente ligada e participativamente ativa nas administrações de Roriz e Arruda (ex-governadores do DF).

Com a frase demagógica repetida por várias vezes que "Brasília é maior do que a crise", o então empossado governador, Rogério Rosso, enfrentou os estudantes que usavam nariz de palhaço e gritavam palavras de ordem contra a corrupção no governo distrital.

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Bem, na verdade a eleição de Rosso foi uma tapa na cara da ética e do respeito ao eleitor. Como é possível que na capital federativa do Brasil, à luz e aos olhos de todos os brasileiros, uma parcela significativa de deputados que receberam pacotes de dinheiro vivo colocados em bolsas, cuecas e meias, estejam aptos a eleger um novo governador, que de resto, emana do mesmo grupo partidário que controla a política no Distrito Federal (desde que o distrito é distrito), como se contra eles não pesasse absolutamente nada.

É claro que pesa e a única forma de sanar os escândalos de corrupção que assolam o governo de Brasília desde a operação Caixa de Pandora que trouxe à tona o chamado Mensalão do DEM, seria uma intervenção de nível federal.

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Em suma; Isso mostra o quanto estamos imobilizados, anestesiados e aparvalhados com a situação do país. A sociedade não reage. Não chama para si a responsabilidade. Aceita submissa a bandalheira dessa turma, enquanto que o único poder curativo é a mobilização popular. Claro, de forma organizada e ordeira, afinal não podemos seguir o exemplo desses desordeiros oficiais.

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Ah! Na verdade, não foi uma massa que ocupou o futuro prédio da Assembleia Distrital. Foi apenas, uma meia dúzia de 40 gatos-pingados que resistiram aproximadamente 48 horas e deram tchau, foram embora.

Existem certos países em que o menos é mais, e o mais é bicho feio. Que bom que o brasileiro é um povo pacífico e ordeiro, mas até quando?
por Sandro Ostroski

sexta-feira, abril 23, 2010

A inépcia do poder público



O papo é que a morte do pedreiro psicótico e réu confesso que matou seis rapazes em Luziânia no estado de Goiás compromete uma série de investigações, além de revelar a fragilidade da tutela judiciária no Brasil.

Adimar Jesus da Silva, que foi encontrado morto na cela da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc - considerada a mais segura do estado de Goiás), com uma corda feita de tecido, estilo “Tereza”, em volta do pescoço (o que, para o padrão de execuções em prisões brasileiras não traz nenhuma novidade), revela uma debilidade que agrava e compromete uma situação de inquérito policial ainda a ser investigada.

O suposto suicídio não encerra a sindicância devido à questão de que existe a suspeita em que nem todos os corpos encontrados na Fazenda Buracão são dos seis jovens desaparecidos e, portanto, cabe a Polícia Federal concluir os exames de DNA (deoxyribonucleic acid), para que aja o cruzamento de informações.

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A metodologia aplicada na causa morte do pedreiro psicótico, onde o acusado aparece enforcado dentro de uma prisão no Brasil, não é tão incomum assim, e é obvio que a polícia irá abrir uma investigação científica para se chegar a uma conclusão que esclareça se o caso foi uma execução ou um suicídio.

É bem verdade que para muitos corações, haverá um sentimento de alívio, porque agora, se tem a certeza de que o criminoso que violentou e que matou à pauladas aqueles seis jovens da cidade de Luziânia se encontra sentado no colo do tinhoso, lá pelas profundezas do inferno.

Para essas pessoas esse sentimento que traduz uma espécie de vingança e de consolo, invade o coração e a mente como se dissessem: “Livramo-nos daquele canalha assassino e covarde”. Assim como, para aqueles que defendem a pena de morte no caso de crimes hediondos. Essa sensação, representa uma espécie de justiça, como aquela da Lei de Talião encontrada no Código de Hamurabi, olho por olho e dente por dente, ainda que o olho e o dente tenham sido acionados pelo próprio morto (caso seja comprovado o suicídio).

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Bem, mas o que eu quero dizer é que a existência e a morte desse assassino, desse psicopata, desse insano, desse louco, desse maníaco, revela um problema muito mais sério do que nos parece.

Esse cidadão que eventualmente se suicidou, ou que eventualmente foi assassinado em sua cela (o que para muitos é o que menos importa), trouxe à tona o maior dos problemas, que é a questão onde envolve a justiça brasileira e o sistema de pesquisa de avaliação psicológica dos presos que oferecem perigo real a uma sociedade, pois esse serviço simplesmente não funciona, ou se funciona, não oferece respaldo, ou então, deve ser revisto minuciosamente com todos os pormenores de conceito e conteúdo.

Onde estão os psiquiatras que assinaram o laudo onde atestava a salubridade e a higiene mental daquele indivíduo insensato colocando-o nas ruas. Ao contrário do juiz, esses “doutores” ainda não deram as caras e provavelmente dirão que agiram dentro dos parâmetros da medicina legal e da psiquiatria, além de jogar com a sociedade numa linguagem de prepotência.

O juiz que concedeu o benefício da liberdade condicional do pedófilo goiano declarou que agiu estritamente dentro dos parâmetros da lei. O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, afirmou que as denúncias levadas ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) contra a situação do sistema prisional no Espírito Santo "envergonham o País". O diretor do Departamento Penitenciário Nacional, Airton Michels, disse que não entra nessa política de terra arrasada e que esse discurso ele já ouve há 40 anos. O Senado Federal ainda está fazendo as convocações para depoimentos, pois existe uma crítica sobre a inépcia do poder público em matéria de custódia de presos.

Mas e agora, que a Inês está morta. Quem é que vai pagar por isso?

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Em suma; Tratem de se consolar as mães e os pais que perderam seus filhos daquela forma bárbara e cujo os filhos pequenos foram abusados sexualmente por aquele psicopata, que lá trás, por um motivo criminal, o levou para a cadeia numa condenação em que ele não cumpriu. E não cumpriu porque um juiz o colocou na rua. E só colocou na rua porque os tais psiquiatras (que até agora não deram as caras), assinaram laudos que deram margem ao juiz para conceder o benefício de uma liberdade condicional a um psicótico.

Agora, o fato é que esses jovens estão mortos. O criminoso morreu. As pessoas abusadas por ele e seus pais estão com traumas e a sociedade não se viu reparada por nenhum desses aspectos envolvidos nessa história.

Esse trauma social não se repara com a morte do assassino criminoso e, portanto, não se deve aplicar um ponto final nessa narração factual, muito pelo contrário, agora é hora de virar essa página e de começar uma nova história reconhecendo os erros e aplicando novos conceitos. Conceitos que perdurem com outros e novos patamares.

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Ah! Tudo isso se ele não tiver sido assassinado, porque senão agrava ainda mais a problemática da questão, pois, agrega mais um crime. Não é fácil admitir que estamos diante de um conjunto de barbáries perpetradas pelo Estado e, portanto, essas barbaridades precisam de respostas e necessitam de mudanças.


por Sandro Ostroski

quinta-feira, abril 22, 2010

Quando um formador de opinião contesta a própria natureza




O papo é que quando um formador de opinião contesta a própria natureza é por que alguma coisa de especial tem por debaixo desse angu sem caroço mole.

Eu explico! O fato é que o presidente da república deixou um recado nas entrelinhas para o opositor presidenciável e pré-candidato, que é o seguinte: “Quem estiver na disputa presidencial vai ter que ralar muito perante o público, portanto, não adianta acordar às nove da manhã e fazer reuniões com formadores de opinião, que não vai a lugar nenhum”.

Num ponto ele tem razão, pois, um candidato, para ganhar essa eleição (mais especificamente), vai ter que botar o pé na lama, vai ter que ralar muito, vai ter que trabalhar para conquistar os votos da maioria dos brasileiros, embora, ainda tenha alguns que votam na base do Big Brother. Inspirados pelas abobrinhas e ladainhas da televisão.

A característica é a primordial do “bom político” (ou de qualquer outro governante) que sempre tenta desqualificar aqueles que se opõem no campo das idéias. Não se discute os méritos. Não se questiona outros aspectos. A idéia é bastante simples. É derrubar com pressupostos todos os subentendidos. Nem que seja para disfarçar (um pouquinho), perante a clientela consumidora de informação.

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Bem! Qual é o problema de se levar em consideração os formadores de opinião? Problema algum! Pois, quando o político não está em contato com o povo, ele está em contato com formadores de opinião, e no meu reles entendimento, isso acaba soando como se o povo (o grande consumidor desses ideais) não tivesse uma opinião formada (embora muitos ainda votem no estilo Big Brother) e apenas dependesse dos discernimentos e dos ideais da representação partidária para sim, desenvolvê-lo. Em outras palavras, subestimar, ou desdenhar. Como se apenas “eles” fossem os detentores da capacidade de se comunicar com o público.

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Em suma; Desde que o reeleito presidente trocou o torno mecânico de uma siderúrgica no ABC por uma mesa no sindicato dos trabalhadores, ele se tornou um formador de opinião. E dos bons, senão ele não estaria ocupando o cargo que ocupa hoje. Ele é apenas e nada mais, que um formador de opinião. E só tem feito isso desde os tempos idos de sindicalista, tanto que nos dias atuais, conquista a aprovação de cerca de 80% da opinião pública, segundo pesquisas.

Portanto, essa tentativa de desqualificar o formador de opinião, fazendo de conta que ele não o é, não justifica a conduta, o parecer, o conceito ou a conjectura.

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Ah! Se tem um baita de um formador de opinião bem sucedido neste país. Esse formador é o mesmo crítico que articula as premissas antecipadamente para não deixar margens para os subentendidos. Tal qual como vossa excelência.

Ora, faça-me o favor…


por Sandro Ostroski

terça-feira, abril 20, 2010

Desiludidos com o Congresso (éramos seis)


O papo é que a entrevista concedida a um periódico de grande circulação nacional, neste final de semana, pelo deputado federal Ibsen Pinheiro do PMDB-RS (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), classifica bem o estado de espírito que assola a consciência de uma pequena minoria de parlamentares que integram a principal casa de discussão e de debate político, onde constitui e rege o estudo aprofundado mais avançado da ciência governamental que elabora as diretrizes e metas para o desenvolvimento do povo brasileiro.

Na entrevista, o parlamentar declara que um senador e cinco deputados federais não voltarão ao Congresso Nacional, ou melhor, desistirão de concorrer à renovação de seus mandatos porque estão simplesmente desiludidos com a atividade política, entre eles, o próprio Ibsen Pinheiro, pelo fato de que a imagem do político brasileiro, hoje, está desgastada e passa para a população um sinônimo de coisa ruim, de algo difícil de explicar. Outro ponto que chama a atenção é de que Ibsen se recusa a recorrer de meios privados para o financiamento de campanha, como recursos providos pelas empreiteiras.

Outros desistem, por que entendem que é necessário uma reforma urgente na política brasileira, pois a atividade parlamentar fica restrita diante dos atropelos das medidas provisórias que entopem o Congresso. Uma prática que já acontece em muitos mandatos presidenciais. E ainda há aqueles que reconhecem esse desestímulo, esse desinteresse, essa criminalização pela reeleição ao mandato e pela vida parlamentar, devido ao fato de que a população olha para os políticos e veem algo como uma mistura de inutilidade e de péssimo exemplo para as crianças em casa.

Ibsen afirma ainda, de forma categórica, que a metade dos deputados congressistas não irão voltar para o Congresso e a outra metade terá de arrumar advogado para se defender, isto é, a outra metade está sob suspeita, diante das numerosas acusações que tomam formas tão consistentes, embora ainda pouco conclusivas.

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Bem, eu apenas lamento que somente seis parlamentares em um universo de mais de quinhentos e cinquenta chegaram a essa conclusão patente, que é uma coisa tão clara e tão rudimentar na vida pública brasileira. Apenas seis sentiram o que muitos deveriam sentir, que é a vergonha de estar atrelado a um vício incrustado há muito tempo na atividade de muitos políticos brasileiros que se deixam levar por esses financiamentos firmados por debaixo dos panos com grandes grupos especulativos.

A outra objeção sobre esse tema é de que somente agora, após dezesseis anos de Congresso, o ilustre deputado afirma que se recusa a ser financiado por empreiteiras? Será que os financiamentos anteriores foram obtidos através de congregações santificadas de origem religiosa?

Esse quadro e essa imagem associada do parlamentar a corrupção, a bandalheira, ao desgaste, ao descrédito, a desconfiança e a mentira não é decorrente de acontecimentos recentes!

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Em suma; Na verdade o Congresso Nacional tem a imagem que merece e a culpa não é nossa como muitos deputados querem fazer a gente crer. A culpa é dessa legislação viciada, abstrata, absorta e cheia de brechas que corrobora com políticos de ficha suja. E embora a legislação necessite de mudanças urgentes, a culpa deve ser imputada a esse mesmo legislativo que cava essa sepultura moral na qual tem um monte de político enfiado até o pescoço.

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Ah! Não me surpreende que após dezesseis anos consumidos dentro do Congresso Nacional, além dos trinta e três anos de vida pública desde sua estréia na política, Ibsen Pinheiro se dê conta dessa verdade. Não existe absolutamente nada de santificado neste caso. Apenas a lamúria maior de que essa verdade tenha invadido a consciência de apenas seis parlamentares, pois já passa da hora de renovar esse quadro político.


quarta-feira, abril 07, 2010

Desculpa esfarrapada


O papo é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em um discurso recente, que o seu sucessor terá muito trabalho e jogo de cintura para discutir a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Segundo ele, sem esse referido imposto que era destinado para a área da saúde e que foi derrubado de forma imatura no seu mandato, fica praticamente impossível administrar esse setor com a qualidade necessária para satisfazer a demanda na qual lhe é exigida.

Em suas palavras, Lula confessou que ainda se sente magoado e ofendido com o golpe aplicado pela sua oposição no senado, que tiraram dos cofres da União, cerca de 40 bilhões de reais por ano destinado ao principal programa de assistência pública e social brasileiro, e seja lá quem for o seu sucessor, não terá outra alternativa, senão colocar novamente em pauta a volta desse imposto.

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Pois bem, como não faço parte do funcionalismo governamental, e aproveitando o ensejo de que sou um cidadão comum que aspira a benesse de viver em um país democrático e lindo por natureza (salvo quando o STF cassa a opinião de um veículo de comunicação que procura divulgar provas substanciais de suspeita ligação de corrupção onde envolve o filho de um coroné do Maranhão), traço o uso da observação por um outro ponto de vista.

Não seria mais fácil, senhor presidente, parar de gastar dinheiro com bobagens extras, de diminuir a corrupção, de racionalizar os gastos públicos, de parar de colocar espécies monetárias aonde não tem necessidade de colocar, como em auxílio a países amigos de Hugo Chávez, ou então, em campanhas políticas. De parar de dar sobretaxa a obras para que os empreiteiros possam apoiar os partidos políticos na hora da campanha, de enxugar o estado brasileiro, de parar de meter aspone para dentro da máquina pública, de parar de aprovar emendas como aquela que oficializa a entrada de mais de sete mil vereadores no país, que é uma coisa que nós não precisamos. E por aí vai...

É só canalizar o recurso dessas mordomias para a saúde que estará tudo bem, senhor presidente.

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Em suma; Ficou provado que a exclusão da CPMF na área da saúde não abalou a massa de dinheiro na mão do governo federal, porque o imposto arrecadado que era pago pelo povo brasileiro não parou de aumentar. O aumento da arrecadação da massa tributária no Brasil foi de tal ordem que a CPMF (que de resto era destinada a cumprir com um compromisso internacional e, portanto, não ia coisíssima nenhuma para a saúde), não chegou a sacudir a estrutura econômica do Brasil. É só perguntar para quem trabalha na área da saúde ou para quem depende dela, se quando existia a CPMF a saúde pública era diferente do que ela é hoje.

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Ah! Não precisa aumentar imposto com a desculpa de destinar dinheiro para a saúde, porque o governo não se compromete com a integralidade na qual esse recurso estava destinado. E tem mais. É necessário parar de colocar a culpa no contribuinte que já paga imposto demais e que normalmente se depara com atos de desvios e de corrupção.

quinta-feira, abril 01, 2010

Desrespeito explícito


O papo é que a Lei Eleitoral que estabelece e define as normas para as eleições majoritárias no Brasil não corresponde com a realidade do país, ou se corresponde, então os políticos, os juízes e até os eleitores, fingem que ela não existe, porque não é respeitada e gera uma grande controvérsia.

O mais curioso é que essa é uma situação criada pelos próprios políticos, que em determinado momento entenderam que a campanha eleitoral seria muito longa, então, o Congresso Nacional votou uma lei onde implica que três meses seriam suficientes para se fazer uma campanha política, e que antes deste prazo, os candidatos estariam vetados a fazerem coisas que estivessem subentendidas como um planejamento estratégico de marketing pessoal, ou de montar comitês, ou de arrecadar dinheiro e muito menos de pedir votos.

Agora o que se vê é uma transgressão elogiada e politicamente celebrada, onde quem respeita a lei acaba sendo considerado como um político inábil, incompetente, incapaz e até arrogante. Isso ficou bem claro quando os próprios aliados do governador de São Paulo, José Serra do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) o bombardearam devido ao fato de ele se esquivar em assumir por definitivo a sua pré-candidatura para a presidência da república.

Pois muito bem, mas agora que já assumiu, na falta de obras de vulto concluídas, ele inaugura maquete, como a da ponte que ligará Santos a Guarujá, descerra placa de obra à distância e põe até outdoor em obra tocada pela prefeitura. E do outro lado da moeda a situação não é diferente, a pré-candidata-mor do PT (Partido dos Trabalhadores), Dilma Rousseff, então nem se fala. Ela inaugura hospital construído sem verba federal, inaugura trecho da obra polêmica na BR-319, que liga Porto Velho a Manaus, onde expõe divergências com o Ministro do Meio Ambiente devido a danos ambientais, além de numerosas ordens de serviços.

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Isto é. Todo mundo contra a Lei Eleitoral que eles próprios criaram. E quem se atreve a estabelecer a legislação, certamente será apontado como um mal candidato até mesmo pelo eleitorado e poderá pagar caro por isso, perdendo percentuais de pontos nas pesquisas. É um verdadeiro paradoxo. Uma situação esdrúxula que não faz muito sentido e a Justiça Eleitoral não têm o que fazer, pois se criam vários entraves em um ano eleitoral e as campanhas explícitas acabam se passando como subjetivas. A lei é desrespeitada pelos políticos que a transgridem impunemente.

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Em suma; Não seria o caso mudar essa Lei, pois impedir campanha política em um ano eleitoral chega a ser até um contracenso, ou então, uma bobagem. Mas a bobagem maior é que quem decidiu sobre esse assunto foram os próprios partidos. Até parece que a transgressão eleitoral tornou-se uma política necessária.

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Ah! Outro detalhe. É fato, existe uma proposta para mudar essa lei, mas já fazem duas ou três eleições que isso acontece nesse modelo. Resultado. Acabamos tendo uma situação deformada em um modelo de prazo, e agora, explicitamente desrespeitada.

quinta-feira, março 25, 2010

A onipresença é apenas um atributo de divindades




O papo é que existe um Tribunal Eleitoral, cheio de Ministros, cheio de consultores, cheio de assessores e com trocentos mil juízes, funcionários e aspones, que parecem apreciar a utilização de uma bandagem negra nos olhos, para que assim, possam fazer vistas grossas a duas figuras exponenciais da política brasileira que atuam na articulação de uma campanha muito bem conduzida para longe dos artigos judiciários que configuram argumentos que identificam uma campanha política, mas, muito próximo dos subentendidos delineados, explícitos e escancarados contextos que expõe o entendimento de uma campanha eleitoral acintosa para os olhos inocentes da justiça eleitoral, que não aplica as obstes necessárias para frear essas intenções de índole suspeita.

A falta de vergonha é tão grande que agora eles inauguram até maquete, além é claro, de obras que já foram reinauguradas. Isso, definitivamente configura uma afronta ao raciocínio e o pensamento humano dos indivíduos que buscam um entendimento ideológico.

Há vários dias, depois de muito optar pela estratégia de ficar em cima do muro, o governador do estado de São Paulo, José Serra, do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), de forma desassombrada, escancarada, explícita e assumida, já articula a sua campanha eleitoral para a sucessão da Presidência da República, através da inauguração de um pequeno esboço de obra esculpida e moldada para apresentar a intenção de um possível projeto, que ainda irá passar por aprovações ambientais, urbanísticas, legislativas e judiciárias. Como se isso já fizesse parte legal das leis que regem as campanhas eleitorais.

E do outro lado, a dona Ministra Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, do PT (Partido dos Trabalhadores), reinaugura, quase todo o dia, coisas que já foram inauguradas duas, três ou quatro vezes, além, é claro, de inflar os números da economia e das atividades de governo. Como se estivesse cercada de idiotas, ou como se subestimasse as pessoas que não possuem o conceito de fazer uma análise crítica do que ela faz.

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Essa onipresença, só as divindades podem ter. Como é que o governador do Estado de São Paulo pode estar exercendo a função de governar, se volta e meia está cercado de assessores e aspones comprometidos em uma nova modalidade de inauguração (tsk, inaugurar maquete é o fim). E a dona Dilma, que enceta obras que já foram inauguradas e que, ora vez, pertence a qualidade inerente de uma obra de responsabilidade de um estado da federação.

É aí que o cidadão se depara com as pesquisas de opinião, onde se observa que as “nossas excelências” obtêm altos índices de apoio por parte da população. Se essas pesquisas correspondem ao sentimento público, tudo bem, mas se são encomendadas é suspeita, pois, nenhum empresário ou empresa vai querer colocar a imagem do seu cliente em um relatório negativo.

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Em suma; Isso não pressupõe um expediente de trabalho? Isso não pressupõe um envolvimento físico, um horário, uma presença marcante nas atividades que lhe diz respeito a um gestor de estado, com todas as complexidades e com todos os desafios que um governante se propõe? Então, como é que eles ficam para cima e para baixo neste país, viajando de jatinhos? A custa de quem? Como se eles não tivessem o que fazer diante da estrutura monumental que envolve as responsabilidades atribuídas.

O senhor José Serra não é governador de São Paulo? Então o que ele faz no Sul do País, no Centro-Oeste, no Norte ou no Nordeste? Conferindo os atributos do líder do seu partido? E a dona Dilma Rousseff? Ela não é chefe da Casa Civil do Palácio do Planalto? Ela por acaso não tem funções para cumprir no que lhe diz respeito a suas tarefas diárias? Se tiver, ela não pode ficar batendo perna pra cima e pra baixo, com aquele sorriso contagiante e com aquela simpatia que nos chegam a arrebatar os sentimentos.

Eles abusam disso, como se o contrato que a sociedade afere fosse algo insignificante ou para o bel prazer. Esse contrato estabelece que o cidadão designado à função de gestão pública tenha por obrigação produzir e trabalhar. E isso significa acordar pela manhã, cumprir expediente, despachar determinados processos, tomar determinadas decisões e cumprir com as obrigações. Assim funciona o contrato de relação de trabalho de funcionários públicos, que é parte determinante com que a sociedade lhes oferece com pomposas gratificações salariais. Caso contrário, não se candidate.

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Ah! Outro detalhe. A dona Dilma Rousseff declarou que quando ela se licenciar definitivamente para trabalhar na sua campanha eleitoral, de forma ostensiva, passará a receber um salário do PT, porque ela não tem dinheiro, é pobre, não tem recursos e, portanto, isso significa que o PT irá lhe pagar um salário por aquilo que ela vai produzir, ou seja, a campanha eleitoral (mas pêra aí, ela não acumula um cargo no alto escalão na Petrobras?). Então porque é que eu tenho que colaborar com os seus “serviços” de bordo e de estadia? Quem é que está desempenhando a função a que lhe foi atribuída?

Quem é que está desempenhando a função de governar o Estado de São Paulo e quem é que está desempenhando a função de Chefe da Casa Civil da Presidência da República?

Até por que, eles não estão fazendo isso. Portanto nada mais justo que solicitar a demissão dos dois funcionários ociosos para as quais não exercem as funções a que lhes que foram atribuídas, além, é claro, de serem muito bem remuneradas.


quarta-feira, março 24, 2010

Entre tratos e mensalões



O papo é que podemos contar nos dedos as questões que envolvem essa modalidade recém criada no vocabulário português em se que trata do quesito de corrupção e assim batizada nesta gestão de governo como mensalão.

Foram três ao todo, ou melhor, até o momento. Um de responsabilidade do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), outro atribuído ao PT (Partido dos Trabalhadores) e o terceiro imputado ao DEM (Democratas), mas o curioso é o modo com a justiça trata dessa diversificação de processos.

O mensalão do PT foi o primeiro a chegar à justiça, e embora não seja ele o primeiro a seguir a ordem cronológica, toda a denúncia que partiu da Procuradoria Geral da República (PGR) foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) onde 40 envolvidos ainda seguem os trâmites de julgamento, tenham ou não direito a foro privilegiado. O marketeiro Marcos Valério ainda segue o roteiro dessa determinação, assim como o astuto Roberto Jefferson (ex-deputado, advogado, cantor amador e motociclista) e José Dirceu (ex-ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República e Deputados com mandato cassado e inelegível por oito anos) que é acusado de ser o chefe dessa quadrilha.

Roberto Jefferson, porém, arrolou como testemunha o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Ministério Público por sua vez, encaminhou uma série de perguntas, mas já se passaram mais de três meses sem que as mesmas obtivessem respostas. Isso porque o presidente da república tem a prerrogativa de responder quando quiser (ou até quando o mandato permitir). Portanto, essa questão demarca o termo que envolve a paralisação do processo.

no caso do mensalão do PSDB de Minas Gerais, quando chegou até o Supremo, o mesmo entendeu que aqueles que teriam direito a foro privilegiado seriam julgados no STF e aqueles que não teriam direito, seriam julgados pela justiça comum. Então o Supremo, até o momento, assumiu somente o processo relacionado ao senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Agora a justiça mineira aceitou somente a denúncia de 11, dos 15 arrolados no processo de denúncia sobre o mensalão. Entre eles se encontram ex-ministro, ex-deputado e ex-governador que no momento já não possuem mais o benefício de foro privilegiado.

Agora, a análise dos fatos parte do Distrito Federal com o caso do mensalão do DEM que está recebendo um outro tratamento pela justiça que não esperou com que o processo político tomasse o rumo da Câmara Distrital por entender que a mesma estaria contaminada. O processo judicial caminhou paralelamente em aberto e, portanto, foi mais rápido e acarretou na prisão o governador José Roberto Arruda (ex-DEM e agora sem partido e sem banheiro privativo).

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Em suma; Três pesos e três medidas. Porém, contudo, em cada caso, existe uma percepção de que a justiça está evoluindo nas suas lições.

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Ah! No caso do mensalão do PT, o excesso no contingente dos arrolados no caso, atrasa em muito o andamento do processo que se encontra longe de um fim decidido e assentado.


terça-feira, março 09, 2010

Ameaçou dizer, mas não disse



O papo é que, logo após a quarta-feira de cinzas, o vice-governador de Brasília, Paulo Otávio (DEM), hoje governador de facto daquele distrito, apresentou uma declaração a um veículo de comunicação de grande circulação nacional, com a afirmação de que já estava com a sua carta de renúncia pronta para apresentar formalmente ao presidente Lula (devido ao subentendido não comunicado oficialmente e explicitamente, de que estaria enfiado até o talo nesse escândalo de distribuição de propina, embora as imagens em vídeo não o tenha revelado).

Estava tudo certo. Estava tudo na mais perfeita ordem. O vice e atual governador de facto de Brasília ameaçou renunciar. O presidente da Assembléia Legislativa de Brasília, ou melhor, da Câmara Distrital, declarou que se recusaria a assumir o cargo, assim como, ma mesma esteira, o vice-presidente da mesma casa, também seguiria essa opção de renúncia e com isso, assumiria o posto, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) do Distrito Federal a fim de preparar o terreno para uma nova eleição indireta, a cargo da Assembléia Distrital, para eleger um novo governo provisório (tampão) que conduziria a ocupação pública até as eleições de outubro deste ano, com a transferência de cargo em janeiro de 2011.

Porém, o pífio resultado da declaração se deu com a saída de Paulo Otávio do Gabinete da Presidência da República, após uma segunda tentativa de audiência com o chefe de estado, vencida pelo cansaço, pois, era notória a posição de que o mesmo estaria sendo driblado por assessores do Palácio do Planalto devido ao entendimento de que seria necessário evitar uma aproximação ou uma associação maior do presidente Lula com o caso do mensalão do DEM (Democratas).

Pois bem, Paulo Otávio saiu da audiência dizendo que o presidente Lula recomendou-lhe que ele esperasse por uma decisão judicial. Logo após, chegou a controvérsia, através do porta-voz da presidência da república, desmentindo a colocação do vice e atual governador de facto do distrito, em uma afirmação de que não houve qualquer conselho por parte do presidente da república.

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Em suma; Se isso houvesse acontecido, nós teríamos mais uma vitória em nosso orgulho, pois teríamos produzido, através da pressão popular, através da cobrança intensa da imprensa, consequências reais e pragmáticas que vem culturalmente sendo seguida desde a época do Brasil Colônia, que é absorver e ocultar esses atos de corrupção pública e explícita. Outro ponto que fica em questão e deixa uma interrogação para se analisar e pensar é. Por que receber Paulo Otávio e ficar no meio de uma discussão que envolve o partido opositor e um vice-governador notoriamente ligado a um esquema de corrupção?

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Ah! O desmando por parte do grupo de José Roberto Arruda (sem partido) continua em plena atuação. Durante todos esses dias úteis, seguidos, após a essa festa que é o carnaval. O bando de desocupados e desordeiros a soldo e a serviço do governador preso, que não se sabe do que vivem, ou do que trabalham, continuam a agredir jornalistas, estudantes e cidadãos que protestam no exercício do seu direito constitucional em obter uma informação ou até, uma satisfação sobre o destino dessas pessoas que meteram literalmente a mão no jarro e embolsaram o nosso dinheiro.

publicado no JM News em 20/02/2010 11:35:04

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Mas se não der notícias de carnaval a imprensa dará o quê?


O papo é que, para que não aja a velha interpretação de que o brasileiro tem memória curta. Vamos voltar à notabilíssima e saudabilíssima questão em que ficamos no aguardo agonizante durante três meses, aproximadamente, para que fosse comprovado o registro do advento de escândalo que vincula a prisão de José Roberto Arruda (então governador licenciado do Distrito Federal e que durante todo esse período teimou, importunou e insistiu no exercício de seu mandato e que agora está sem partido), por suspeita de corrupção (bandalheira) e formação de quadrilha. Além, é claro, de aumentar o tom de suas declarações, e de partir para cima de seus acusadores com o desmando de determinar com que o corpo da polícia militar distrital descesse o sarrafo em seus oponentes e estudantes que protestavam legitimamente dentro do exercício constitucional, legal e democrático.

Uma coisa é fato. Se não houvesse a tentativa de suborno a uma testemunha contrária ao caso Arruda, provavelmente, o mesmo, ainda estaria no exercício de seu mandato com todas as atribuições de manipulação sobre a maioria dos parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal, a fim de sustar quaisquer que fossem as CPI’s (Comissão Parlamentar de Inquérito), ou qualquer ação, a que lhe fosse atribuída na derrocada de seu mandato. Esse nível de impunidade aos homens públicos brasileiros é tão surpreendente, é tão impressionante, que eles consideram a questão de tolerância desses crimes, como um fato inerente ao exercício da política e de seus mandatos.

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Em suma; Nem todas as evidências, nem mesmo as imagens com os áudios dos fragrantes comprometedores, foram capazes de desenrolar o caso da Caixa de Pandora, a ponto de oferecer clareza absoluta diante da inconveniência dos atuais procedimentos viciados aplicados no exercício judicial ou de um inquérito parlamentar sobre as instâncias fraudulentas de governo. Mas essa regra histórica, agora abre precedente e contribui para que instituições como a Procuradoria Geral da República; o Supremo Tribunal Federal, a Advocacia-Geral da União ou a Corregedoria de sei lá a quantas, chamem para si a responsabilidade, a fim de aplicar o rigor que a lei democrática estabelece, nos casos que implica a corrupção governamental mais que explícita.

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Ah! Durante todo esse tempo (três meses) essas instituições federais ficaram na moita, esperando que alguém chamasse para si, essa responsabilidade (a de prender amigos e correligionários), enquanto todos assistiam esses nossos funcionários públicos enfiando pacotes de dinheiro ilícito na cueca, na meia e na bolsa. Além é claro, de abusar dos artifícios logísticos para distribuir a verba entre os seus; ao bando; à turma; ou à quadrilha. Como queiram.
publicado no JM News em 18/02/2010 20:06:59

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Animação adicional no Carnaval


O papo é que, em meio a um período sucessivo de dramáticos problemas por causa de intempéries que acarretaram chuvas, desabamentos, soterramentos e enchentes em várias cidades do país, os brasileiros têm hoje uma comemoração pelo feito que pode nos dar uma animação extra (e com orgulho) neste início de carnaval, pois, tem-se em conta de que está em cana (ilustrativamente por de trás das grades), pela primeira vez na história da república brasileira um governante preso por corrupção em pleno exercício de mandato.

Passaram-se três meses após a eclosão das denúncias escandalosas que envolveram o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (agora sem partido) e sua trupe, e isso é muito significativo em um país onde se costuma passar décadas sem que alguma punição aconteça a um corrupto de primeiro escalão. Durante séculos (sim, durante séculos) a justiça brasileira, talvez pela inércia ou pela prescrição, se acomodou a ponto de um entendimento de cumplicidade com esse tipo de gente, enquanto nós, cidadãos comuns, trabalhamos, suamos a camisa e ralamos feito louco para pagar impostos para que esse tipo de escória embolse esse dinheiro, e como se ainda não bastasse, na maior cara de pau e petulância, agradecem em forma de oração pela propina recebida, como se o propósito fosse purificar o dinheiro sujo.

Agora é hora, dos corruptos de plantão, principalmente aqueles do primeiro escalão, colocar as barbas de molho, porque até então, eles não tinham a menor cerimônia em afrontar a moral pública. Quantos processos de injúria, calúnia e difamação esses sem-vergonhas já moveram em suas vidas para tentar intimidar e coagir quem por sua vez os denunciavam. O próprio Arruda, no alto de sua prepotência após o flagrante não demonstrou o menor receio, o menor arrependimento, o menor pudor, o menor acanhamento. Pelo contrário, agiu com um tom de voz elevado e com o olhar fixo de quem encara o seu detrator como se fosse a parte grácil, frouxa e medíocre do processo. E ainda por cima, soltou a cavalaria institucional e mobilizou comparsas e capangas para subornar testemunhas a fim de atrapalhar o andamento processual.

Bendita e abençoada seja a tecnologia atual, que por meio de caneta, celular, relógio, óculos e outros meios, permitem registrar imagens e documentos que comprovam as referidas a ações, como essa, que foi demonstrada e repercutida internacionalmente deixando bem claro a prova cabal e inconteste da transgressão cometida. Algo comparado a uma marca de batom na cueca. Se fosse na China, certamente seria condenado a morte por fuzilamento e o projétil ficaria por conta da família.

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Mas em suma; Nem tudo é um mar de maravilhas e o outro detalhe importante no referido caso a que se diz respeito, é o julgamento do habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o atual advogado de Arruda, o Dr. Nélio Machado (que também já defendeu o banqueiro Daniel Dantas, numa circunstância bem próxima, e que já logrou êxito), tem tarimba e já entrou com um pedido de liminar a ser avaliado pelo ministro Marco Aurélio Mello (o mesmo que negou um habeas corpus a uma ladra da cidade de 7 Lagoas em Minas Gerais pelo furto de uma caixa de chicletes e que foi condenada a dois anos de prisão em 2007). Resta agora aguardar o discernimento e o veredicto do ministro (ainda bem que esse caso não caiu na mão do ministro Gilmar Mendes, que no caso do Daniel Dantas, agiu através de atos urgentes, urgentíssimos e indignados, liberando o banqueiro por duas vezes, além de colocar em cheque a atuação do juiz que decretou a prisão do mesmo). Enfim, resta-nos aguardar a decisão a ser apreciada em recurso no STJ enquanto Arruda permanece preso em uma sala especial da Polícia Federal, sem grades e muito provavelmente com todos os seus celulares, com seu laptop com conexão Wi-Fi (wireless fidelity) e com todos os seus assessores entrando e saindo. O resumo da ópera se deve a uma prisão que não costuma ser concedida a pessoas que comentem furtos pequenos ou atos irrelevantes.

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Ah! José Roberto Arruda (agora sem partido) foi condenado por doze votos a dois, sendo eles os favoráveis, o ministro Ari Pargendler e o ministro Nilson Naves, que no seu entendimento deveria haver um pedido formal por parte da Assembléia Legislativa do Distrito Federal (aquela onde só se encontra amigos). A solicitação da prisão foi do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel.

( ... )

Correção:O pedido de habeas corpus foi negado nesta sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, a PF resolveu providenciar uma cama para o governador passar o carnaval.
publicado no JMNews em 12/02/2010 19:51:03

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Plataforma de esquerda (tsk) para ampliar o papel do Estado


O papo é que, o documento do PT (Partido dos Trabalhadores) que compõe as diretrizes para o próximo governo, coloca a pré-candidata à presidência da república, Dilma Rousseff (caso a mesma venha a lograr algum êxito), um pouco mais à esquerda ideológica que a linha governamental de Luiz Inácio Lula da Silva, segundo declaração em que o próprio presidente do partido, Ricardo Berzoini, deu a um periódico de grande circulação nacional, na forma de reiterar essa posição pragmática.

A nova proposta do "Projeto Nacional de Desenvolvimento", a ser apresentado pelo partido no 4º Congresso Nacional, agendado para acontecer entre 18 a 20 de fevereiro, em Brasília, prega, ou melhor, prevê um governo que exercite uma grande “transformação”, com maior presença do Estado na economia, com fortalecimento das empresas estatais e das políticas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para o setor de produção.

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(Ou eu estou muito mal informado, ou a esquerda mudou de posição, ou a minha formação é arcaica e antiquada, mas segundo me consta, a esquerda tinha uma vocação voltada mais para atitudes sociais, etc e tal...)

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Pois bem, quando se pensa em um programa voltado mais à esquerda que qualquer outro governante brasileiro já o tenha feito, logo, o que vem à cabeça é uma revolução social com maior planejamento e investimento direcionado a educação, a saúde, a programas que atendam as prioridades diretas e essenciais das necessidades básicas de uma população mais carente. E o que se vê nos noticiários é uma população atingida por alagamentos, por deslizamentos, soterramentos, pela dengue, pela meningite (devido a omissões, como no caso do governo da Bahia), pelo aumento nos índices de criminalidade das grandes cidades, pela falta de medicamentos nas unidades públicas de saúde, pelas crianças abandonadas nas ruas por falta de vagas em escolas públicas, pelo analfabetismo funcional devido a péssima qualidade de um ensino público, pela pirataria que sustenta o trabalho informal, pela falta de habitação e saneamento público que faz com que os esgotos a céu aberto recebam o nosso recado em forma de dejetos a cada dia, para que o futuro exercício da humanidade se vire com novas tecnologias de purificação da água, para que assim, seja transformada em potável.

Chamar uma maior presença do Estado no fortalecimento das estatais e com maior presença no mercado financeiro é apenas uma repetição de um modelo preservado por Lula nestes oito anos e que foi ampliado de um outro modelo aplicado por FHC, que também exerceu uma gestão de oito anos, onde tudo não passa de um jogo de frente na economia que é um pouco distante do social.

A aclamada Dilma Rousseff, terá um programa de governo de esquerda para fortalecer o jogo das estatais e da presença do Estado, porque é ali que se fazem as alianças políticas. A proposta do governo de esquerda é reforçar o interesse no mercado financeiro, porque ali estão os grandes grupos que sempre dominaram este país, como as grandes empreiteiras e as grandes corporações. O programa de governo de esquerda prega o estabelecimento das estatais para que possam lucrar mais e poderem dividir o bolo entre si mesmo e para os seus.

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Em suma; Não haverá uma revolução no perfil da sociedade brasileira em mais oito anos de mandato. A revolução para a dignidade da população de um país, está muito longe da promessa de governo que prega uma esquerda ideológica como essa que está mais próxima de um caixa financeiro de uma instituição bancária, ou da idéia do antigo ministro da economia, que atuou nos velhos tempos do militarismo, Delfin Neto, em que dizia: “É preciso crescer o bolo para que depois ele possa ser dividido”. Pois bem, esse bolo da história brasileira está crescendo de fato, mas ainda falta escola de qualidade, falta moradia de qualidade, falta saúde de qualidade e falta serviço público de qualidade.

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Ah! Ainda é muita ilusão para pouca realidade. E diante do quadro de postulados a gestão administrativa para esse país, apenas nos resta aguardar o andamento desse continuísmo. Esse programa será igual para todos, seja no governo Dilma, seja no governo Serra, seja no governo Ciro, seja no governo do Macaco Tião, Sargento Taínha ou da Lula Lelé.
publicabo no JM News em 10/02/2010 09:53:24

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Declaração categórica


O papo é que, Ciro Gomes, do PSB (Partido Socialista Brasileiro - ex-governador, ex-deputado e ex-ministro), não quer abrir mão da candidatura presidencial (apesar dos apelos do honorável presidente Luiz Inácio Lula da Silva), mas na atual circunstância e no contexto que envolve a política brasileira (que pouca diferença faz), colocar o José Serra, a Dilma Rousseff, o Ciro Gomes, um abacate, um tomate, um repolho, o macaco Tião ou vários abacaxis juntos na disputa pelo Palácio do Planalto. É no fundo, estimular a continuidade do mesmo sistema, do mesmo aparato e do mesmo aparelho que representa e defende o jogo de interesses dessa classe, pois, na essência, tudo não passa de um continuísmo que prevalece a mesma manutenção política de estado.

No fundo, no fundo. O atual sistema político brasileiro, não passa de uma mesmice. Os atuais representantes do povo (é claro que existem exceções) acabam quase que todos classificados como farinha do mesmo saco. Há muito tempo que esse quadro político não se renova, quando em casos, se transfere por heranças, como um aprimoramento do contexto regional, que que ora vez, adquiri algum âmbito nacional.

A diferença na economia é um estudo relacionado, e nós, brasileiros, carregamos o barco (seja na seca, ou seja, na enchente) nas mesmas circunstâncias. Tudo não passou de um continuísmo programático. Sem ideologia, sem partido, mas com a convicção natural do desenvolvimento intelectual do povo brasileiro, que aos poucos está quase que aprendendo a votar e escolher os seus governantes.

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O Ciro Gomes não vai abrir mão de sua candidatura. E o seu trabalho está direcionado em colocar o dedo na ferida moral que o governo do PT (Partido dos Trabalhadores) carrega pela cumplicidade de manter uma aliança governamental com o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro, também conhecido como partidão de todos os governos devido as várias alianças firmadas, nas mais variadas espécies ideológicas de administrações públicas e com um contexto relacionado no trabalho de um grande grupo de pessoas que defendem os interesses patrimoniais, como herança do colonialismo português – é claro que há as suas exceções de praxe), que segundo ele, classifica a união como uma moral frouxa e roçada de escândalos.

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Em suma; Ciro Gomes pode sim ser um fator importante na disputa presidencial devido ao fato de um possível segundo turno (caso meramente coincidente que pode ser exemplificado aqui no Paraná, como nas relações de apoio do Requião, que em uma eleição era PT e amigo pessoal de Lula e agora namora com o PSDB de Serra). E como a proposta de Ciro está vinculada a um conceito moral, ele deveria recomeçar com um ato reparador (o que seria muito bom para todos nós que necessitamos de credibilidade por parte desses políticos), como no caso, de abrir uma CPI para mandar logo o seu irmão indenizar o governo do estado do Ceará pela grana que gastou para viajar de jatinho com a mulher e a sogra à custa do contribuinte. Há suspeitas de que essa grana ainda não foi ressarcida aos cofres do estado. Então qual é a alternativa em que ele faria para peitar esse partido no campo moral?

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Ah! A presença de Ciro Gomes na disputa, segundo as pesquisas, aumenta a distância entre Dilma e Serra. O que a princípio, é favoravel ao Serra, e é por isso que o presidente Lula insiste em que Ciro dispute as eleições para o governo de São Paulo, mas por outro lado, pode levar a eleição presidencial a um segundo turno, o que não deixa de ser uma vantagem para Dilma.
publicado no JM News em 04/02/2010 12:33:07

quarta-feira, janeiro 27, 2010

A linha condutora de raciocínio lógico dos governantes brasileiros


O papo é que, diante da maré de intempéries e catástrofes que estampam as manchetes dos principais veículos de comunicação dessa aldeia global, a análise, a justificativa, as declarações e o pensamento político dos representantes que se candidatam e estão lá (no poder) para resolver ou amenizar os problemas sociais de uma parcela significativa da população que é direta ou indiretamente atingida por esses infortúnios, procuram através de discursos estapafúrdios, desculpas para fugir de suas responsabilidades atribuídas.

O governador tucano do estado de São Paulo, José Serra, do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), diante das mares de enchentes que assolam a maior cidade do país, vem a publico e diz que a população tem que se preparar para conviver com esses fenômenos climáticos extremos, como quem diz que isso é parte do destino, ou de uma nova realidade introduzida no cotidiano devido ao aquecimento global, quando na verdade, trata-se de um mal planejamento decorrente de obras (de sua responsabilidade) não realizadas adequadamente. No seu discurso, a fuga do pressuposto implica na frase demagógica, onde o mesmo, afirma que irá ampliar e reforçar a Defesa Civil para dar sustentação a esse tipo de situação. Ou, em outras palavras, passar a mãozinha na cabeça daqueles coitados atingidos pela desgraça, que perderam casas, carros, móveis, utensílios e até vidas, quando a lógica seria aprofundar a calha dos rios que cortam a metrópole e concluir as obras dos piscinões.

Já no estado do Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral Filho, do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), se deparou com uma situação em que a população tomou o maior susto, quando um trem desgovernado (da antiga Central do Brasil, hoje privatizada e sob a tutela da Super Via, que faz parte de um grupo financeiro que deu dinheiro para a campanha do governador e para muitos deputados), percorreu mais de sete quilômetro, com mais de 2.400 pessoas a bordo, a mais de 70 quilômetros por hora e que passou batido por mais de quatro estações. Só não produziu uma tragédia estilo haitiana, porque o trem foi o primeiro a sair da estação pela madrugada e não tinha nenhuma outra composição à sua frente. Pois, na velocidade em que estava, seria irremediável um atropelo na traseira de outra composição que produziria, evidentemente, um grande número de mortos e feridos. Questionado e requerido sobre essa falha no sistema de transporte público de trem urbano do Rio de Janeiro, o governador disse que não adianta cobrar, porque milagre não existe, e segundo ele, a Super Via faz os investimentos, mas milagres não existem.

Na esfera federal, o Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT (Partido dos Trabalhadores), em uma reunião ministerial, chamou o presidente nacional do partido oponente, Sérgio Guerra, do PSDB, de babaca, e depois afirmou que pretende fazer uma campanha presidencial de alto nível, baseada na seguinte bandeira. Quem sou eu e quem és tu, isto é, instituída na comparação política e social dos petistas, contra os antagonistas tucanos do PSDB e dos ex-peéfelistas do DEM (hoje, Democratas).

E do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (agora, sem partido), hoje eu nem vou comentar ( ... ).

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Em suma; As enchentes que matam os paulistanos e infernizam a vida dos contribuintes daquela Grande Cidade é consequência dos desígnios divinos. Um trem desgovernado que percorre um trajeto de mais de 7 mil metros, a mais de 70 quilômetros por hora, com mais de 2.400 pessoas a bordo e que passa batido por quatro estações é desígnio divino.

Ou seja, o governador de São Paulo não conhece obra de drenagem, o governador do Rio de Janeiro não conhece sistema emergencial de frenagem, o presidente da república desconhece ética e o governador do Distrito Federal, bem, o governador do Distrito Federal eu comento depois.

Eles preferem remeter os seus discursos a um problema do além, uma fatalidade, um destino, quando na verdade, uma grande parcela de responsabilidade lhes cabem por direito, pois, foi para isso que eles se candidataram e se elegeram. Eles estão lá para cumprir a função de trabalhar para a melhoria das condições sociais da população e não apenas para serem bonecos de fantoches (e nos tomam uma fortuna de dinheiro em através de impostos).

Ou será que eles acham que nós somos otários, ou idiotas?

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Ah! Na verdade eles são as mesmíssimas coisas, tanto de um lado quanto do outro. Tudo, como diz o presidente, um bando de babacas!

sábado, janeiro 23, 2010

Silêncio obsequioso


O papo é que, a super produção do curta documentado e dirigido pelo cinematógrafo e ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, que colocou uma saia justa no governador distrital José Roberto Arruda (agora sem partido e envolvido até o pescoço com processos administrativo e peculatário), deixa para a oposição a dúvida entre a cassação e o impeachment que resultaria em um mandato tampão e provisório a fim de abafar a vergonha política e administrativa do Distrito Federal a pouco tempo de uma nova eleição.

Porém, é notório o consenso político formado nos bastidores da câmara distrital pela permanência e sangria (até a última gota) do governador (que ainda deve explicações sobre a mancha de batom na cueca) no cargo até o final do seu mandato. Essa configuração aparente e inerte da oposição (em chutar boca de cachorro morto), já não encontra mais interesse nesse assunto devido ao fato da aproximação e da preocupação com que o novo horizonte que as convenções partidárias podem proporcionar.

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Em suma; A sangria de Arruda no cargo até o fim de seu mandato, deixa para os opositores um legado para tirar proveito dessa super produção distribuída em território nacional, além de oferecer uma blindagem estratégica para a base aliada, já que o “suspeito” não tem filiação partidária e não será candidato. Isso explica o olhar de paisagem do PT (Partido dos Trabalhadores) e das lideranças aguerridas do Distrito Federal.

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Ah! O PT de em outros tempos, estaria com o bloco na rua, batendo panela e denunciando o espancamento de estudantes pela polícia institucional do governo distrital obrigada a cumprir os desmandos e abusos de José Roberto Arruda (sem partido). São as idas e vindas do péssimo jeito de se fazer política no Brasil. Agora é a vez do PT devolver ao DEM a gentileza do mensalão. Até quando?
publicado no JMNews em 20/01/2010 19:30:00

Realizar missões oficiais com dinheiro público é bom para o marketing pessoal


O papo é que, o jeitinho que certos políticos brasileiros têm no trato com os recursos públicos sob o pretexto de trabalharem em função de uma missão oficial, faz com que nós, cidadãos, que esperam que esses representantes populares exerçam, no mínimo, um trabalho decente, bem procedido e digno de confiança à honra dos compromissos e da capacidade digna e moral, pois trata-se da classe que recebe uma procuração em branco da população para administrarem o dinheiro público arrecadado através de impostos.

Pena, que alguns (senadores) confundem a questão do patrimonialismo público com os seus próprios patrimônios e abusam da verba indenizatória, achando que a mesma, faz parte da folha de pagamento pessoal e portanto, não é passível de conceder satisfações a ninguém. Denúncias na imprensa comprovam que quatro desses senadores (entre eles do PT-SC, do PSol-PA, do PDT-AM e do PTB-RR), preferiram visitar os estados de origem com o dinheiro extra das diárias pagas nas missões oficiais em 2009, a fim de realizar projetos de interesses pessoais e eleitoreiros.

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Venhamos! Se valer da brecha no Regimento Interno do Senado, onde as diárias possuem um teto mensal de R$ 15 mil ou R$ 180 mil acumulados em um ano é um golpe baixo. É como apelar para um chute no s* do eleitor e beneficiar o não eleitor com uma aspirina servida pelo sistema único de saúde.

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Em suma; Não há limite para essa verba, desde que ela tenha sido autorizada pela Direção da Casa ou por uma comissão com competência, mas a poupança (declarada com notas gélidas) não é uma forma de recurso de aquisição de verba com finalidade política para compensar despesas com transporte, estadia, alimentação e outros gastos do exercício parlamentar para promover o marketing pessoal.

E eu me pergunto! Por que um político gasta mais dinheiro na campanha do que arrecada oficialmente em um mandato?

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Ah! A brecha está aí e pode ser usada em 2010. É um artifício que não causa rombo aos cofres públicos, pois está embutida nos gastos do Congresso. Enquanto isso tem partidário trabalhista que chega a gastar aproximadamente R$ 177 mil com a verba indenizatória. Mas como o dinheiro sai do senado...
publicado no JMNews em 15/01/2010 21:23:47

A elaboração amadora e comprometedora da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República



O papo é que não se pode elogiar (e estou com a língua dolorida pela mordida que dei quando teci elogios sobre exemplo brasileiro de democracia firmada e estabelecida). Mas o conjunto das 521 medidas que envolvem o decreto polêmico apresentado em cerimônia pública, do Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sem ao menos ler ou discutir as atribuições básicas, é simplesmente um retrocesso a toda a evolução histórica vivenciada por este país.

Esse programa polêmico onde abrange áreas do conhecimento, da produção, da sociedade, da economia, só pode ter sido uma trapalhada da base dos pseudo-esquerdistas do governo federal com a intenção de promover ou propiciar algum tipo de propaganda política, pois carrega no nome, o peso e o conceito de uma declaração universal baseada nos princípios básicos do direito e da liberdade, debatida ao longo dos séculos por filósofos e jurista e proclamada oficialmente, em 1948, por uma Assembléia na Organização das Nações Unidas (ONU).

Um projeto com um texto pessimamente construído, que causa repulsa e reações adversas (onde boa parte do programa é um fac-simile do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já apresentado, criticado e recusado), que caminha em direção contrária a Constituição Brasileira (ou melhor, é praticamente uma constituição paralela), além de ser apresentado como decreto, sem debate, sem discussão, sem negociação e sem explicação alguma sobre os pontos delicados do programa. É prova cabal do amadorismo diretamente relacionado e subordinado ao Partido dos Trabalhadores (PT).

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O tiro saiu pela culatra, e quem se responsabiliza por essa ação de governo? Quem é de fato o verdadeiro mentor dessa imbecilidade (seria o secretário Paulo Vannuchi dos Direitos Humanos)? Se o presidente da república assinou sem ao menos ler, e a Ministra Chefe da Casa Civil, que gerencia as ações de governo não se responsabiliza, então de quem é a proposta do plano executável que partiu do alto escalão do governo? Quem autorizou e revisou a diretriz do decreto sem propor negociação com os vários setores envolvidos? Pô! Afinal de contas isso aqui é uma democracia ou um joguinho de cena para o Obama ver! Qual é a verdadeira intenção do governo?

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Em suma; Trabalho dobrado. Um projeto dessa natureza, com essa envergadura, com essa abrangência, onde envolve diretamente mais de 500 metas, onde chega a ser quase que uma constituinte feita por decreto é algo que não pode existir sem que o Presidente da República e a Ministra Chefe da Casa Civil que gerencia o governo tomem conhecimento das propostas. De duas uma, ou alguém do governo está propondo um tipo de golpe, ou esse plano não é pra valer e não passa de uma maneira de agradar alguém da esquerda imbecil do governo.

Agora, depois da celeuma passível de gerar um desequilíbrio entre os três poderes, depois de ministrar um desconforto entre vários ministérios, vem a público, o excelentíssimo presidente Lula e decide propor mudanças no texto do decreto institucional a fim de tentar contornar a crise instalada dentro e fora do governo devido ao conteúdo proposto. Segundo implica, a solução encontrada é reeditar o texto e substituir as expressões ditatoriais como "aprova" para "torna público o programa", e assim, fica o dito pelo não dito. Nada que o tempo e a amnésia pública venham a resolver (e como diria o velho Leão da Montanha, do desenho de Hanna & Barbera. Saída pela direita!). Portanto, não demora muito para que venha alguém e diga que esse assunto está encerrado.

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Ah! Foi um pequeno grupo de dentro do governo que estabeleceu essa anticonstitucionalidade de mudar o papel do legislativo, das forças armadas, do direito, da liberdade de imprensa, das cláusulas pétreas e outros mais. No fundo, entendo que esse mesmo grupinho é o responsável pelo lobby de uma aproximação brasileira com os pequenos ditadores da América Latina como Chávez e seus sectários.

E devo admitir. É um programa de fazer inveja a qualquer ditadorzinho de plantão.

Que belo retorno de férias senhor presidente!
publicado no JMNews em 13/01/2010 19:59:50

quarta-feira, janeiro 13, 2010

2010 é ano de eleição e da consolidação democrática brasileira


O papo é que as perspectivas para este ano promete muita mobilização popular, porque além das eleições, temos Copa do Mundo. E finalmente, desta vez, o futebol não será usado como ferramenta de ação política como a muito praticada na época da ditadura dos governos militares, onde a Seleção Brasileira exercia o papel de amenizar e apaziguar os ânimos da população, como colírio para os olhos inchados pelas muitas lágrimas derramadas ou como ópio para confundir a cabeça dolorida e abrandar a intenção das almas revolucionárias e subversivas daqueles que reivindicavam mudança no sistema de gestão público.

Temos eleições para a presidência da república, senado, governo regional e câmaras legislativas federais e estaduais (onde espero, sinceramente, uma renovação significativa neste âmbito político). Coincidência ou não, a relação desse casamento das eleições com a Copa do Mundo trouxe benefícios para a política brasileira que deixou de usar o futebol como massa de manobra. Um fato sazonal que faz bem a democracia brasileira.

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Se analisarmos o comparativo documentado nos livros de história do Brasil, veremos que há 84 anos o país não registra um período de entrega de faixas sucessórias entre três presidentes eleitos democraticamente pelo povo, isto é, desde 1926, um fato como esse não é consumado, e isso, é um sinal de extremo avanço no exercício da democracia de nossa política. Portanto trata-se de um momento único na narrativa dos fatos desse País.

Da última vez em que isso ocorreu, foi na gestão de 1919, quando Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa passou a faixa presidencial para Artur da Silva Bernardes, eleito em 1922, que por sua vez, repassou a faixa para Washington Luís Pereira de Sousa, eleito em 1926. Depois dessa fase, nunca mais o Brasil registrou um período sucessivo de três presidentes eleitos pelo povo, pois, Washington Luiz foi deposto e Getúlio Dorneles Vargas assumiu com a Revolução de 30, e mais tarde deposto, em 1945.

Depois veio Eurico Gaspar Dutra que assumiu a presidência da república eleito pelo povo, mas não recebeu a faixa de ninguém. Ao final do mandato, repassou para Getúlio Vargas, que novamente assumiu o governo, mas o mesmo se matou. Então houve outra sucessão de vários presidentes. Juscelino Kubitschek de Oliveira, eleito democraticamente, que passou a faixa para Jânio da Silva Quadros, que renunciou. Jango (João Belchior Marques Goulart) assumiu, mas foi deposto. Os militares tomaram o poder e colocaram o Brasil em um longo e sangrento regime de autoritarismo.

Na redemocratização, veio o José Ribamar Ferreira de Araújo Costa (mais conhecido como José Sarney), que não foi eleito pelo povo e que passou a faixa para Fernando Affonso Collor de Mello, eleito pelo povo, mas que sofreu impeachement. Itamar Augusto Cautiero Franco, que não foi eleito, assumiu e entregou a faixa para Fernando Henrique Cardoso (ou FHC), eleito democraticamente e que passou para Luiz Inácio Lula da Silva, também eleito pelo povo. Neste ano, Lula passará a faixa presidencial para o próximo ou para a próxima presidente da república num processo que demonstra a consolidação democrática nesse país que não registra um fato como esse desde o final da década de 20.

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Em suma; É um assunto que passa despercebido por uma enorme parcela da população brasileira que não faz idéia sobre a importância de um registro histórico como esse. Durante muito tempo, muitos brasileiros derramaram sangue para que uma consolidação democrática como essa, virasse realidade. Se olharmos para a América Latina, ainda veremos governos autoritários, governos instáveis, tentativas de golpes, continuísmos ora através de esposa, ora através de mandatos indefinidos e um Brasil dando um exemplo de democracia firmada e estabelecida.

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Ah! Ao lado da estabilidade democrática nós temos um longo período, pois, foram oito anos de Fernando Henrique Cardoso e oito anos de Luiz Inácio Lula da Silva.
publicado no JM News em 08/01/2010 22:42:06

Observação das coisas do ano que findou


O papo é que muita chuva passou, mas a enxurrada de verdade aconteceu no âmbito político e na forma de escândalos para todos os gostos (escândalos com gosto de pizza; escândalos com gosto de panetones, e muito mais...). Abrimos o ano com a farra das passagens aéreas. Depois, veio a eleição de José Sarney, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, representante legítimo do estado do Amapá (PMDB-AP – que me perdoem os amapaenses mal informados que votaram em um candidato, coroné do Maranhão, que tem muitas papas na língua, algumas (...) coisas nas costas, muito dinheiro no bolso e com pouquíssima representatividade política para o estado que o elegeu), para a presidência do senado, e com alguns ressentimentos de traição que resultou em um vazamento de comportamento heterodoxo ou herético.

Logo em seguida, Tião Viana, senador pelo Partido dos Trabalhadores, representante legítimo do estado do Acre (PT-AC), emprestou seu celular corporativo para a filha viajar para o México e acabou por ressarcir em R$14 mil os cofres públicos, como forma de penitência para fugir de algo mais que abonasse a causa de algum processo de cassação por foro parlamentar (e assim funciona a máquina de arregimentação política do Congresso).

Depois, aconteceu os atos secretos, em que a atuação de Agaciel Maia (funcionário do Senado desde 1977, onde começou como datilógrafo e foi alçado, pelo então coroné do Maranhão, ao posto de Diretor Geral em 1995, o cargo administrativo mais alto da casa) foi fundamental na articulação de um volume considerável de contratações suspeitas em nome de segundos, terceiros, quartos e de José Sarney, que afirmou em público que não sabia o que era os atos secretos e que ninguém nunca soube disso. Então, tomamos conhecimento de que a “famiglia” Sarney, apropriou-se do Senado Federal e de parcelas estratégicas significativas da administração pública. Houve emprego para o neto, para o namorado da neta, para a neta, para a ex-mulher e pensão para o filho. Também houve pensão para a viúva do motorista que morava em apartamento funcional e para o mordomo da filha Roseana (ex-senadora e atual governadora do Maranhão pelo PMDB) que acumulou emprego de motorista no Senado, além dos primos e primas, numa privatização de um espaço púbico jamais vista no país após a saída da coroa portuguesa.

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A crise acabou por sufocar o Congresso, até que, o presidente Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) sustentou a permanência de José Sarney na presidência do Senado em uma justaposição patética que colocou o seu aliado, Aloizio Mercadante (senador pelo PT-SP), numa saia justa, pois o mesmo revogou uma decisão irrevogável de renúncia (isto é, disse que iria renunciar e não renunciou). E a tal prometida Reforma Administrativa do Senado não saiu. Talvez porque a Fundação Getúlio Vargas (FVG) articulava o lobby de cortar alguns cargos comissionados, e isso, os senadores não aceitaram.

E o ano terminou com a mais extraordinária demonstração de como funciona o esquema de corrupção no país. Desta vez, em imagem de vídeo e a cores, com áudio de muito bom som, num verdadeiro filme de terror exposto em horário nobre na televisão da sala de estar, onde o governador do Distrito Federal (José Roberto Arruda – agora, sem partido) recebe pacotes de dinheiro de origem suspeita. Juntamente, na mesma condição quadrilheira, aparece também, o presidente da câmara distrital embutindo dinheiro ilícito nos bolsos do paletó e na meia.

O absurdo se concretiza quando o mesmo grupo de pessoas (corruptas) surgem (no vídeo) fazendo uma oração como forma de agradecimento pela propina recebida em uma imagem nunca antes posta em público nessa Terra Brasilis. Foram empresários pagando e funcionários extorquindo. Mas, o que realmente surpreende é o fato de que o governador do Distrito Federal (José Roberto Arruda – agora, sem partido e entupido de denúncias de corrupção) continua no mesmo lugar, isto é, no mesmo posto de governador distrital (e cheio dos desmandos quando mandou a cavalaria da Polícia Militar descer a borduna em um grupo de manifestantes que reivindicavam o impeachment). E como complemento, no último dia do ano de 2009, o presidente da câmara distrital, Leonardo Prudente, do DEM (o deputado da meia e que de prudência não entende nada), reassumiu a função na cadeira da presidência da Casa.

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Em suma; Do ponto de vista político, demos um passo atrás, ou melhor, nossos políticos (não quero generalizar), que, através do voto, obtiveram carta branca para representar a população na administração dos benefícios para uma melhoria na qualidade de vida e melhor distribuição de renda, apenas distribuíram melhor a renda em seus próprios bolsos. Só espero que as eleições deste ano possam renovar e promover uma mudança substancial neste quadro político manchado pelas péssimas e imprestáveis atuações, pois estamos vendo coisas que antes não víamos.

É bem verdade que o trabalho de investigação deu um salto considerável de qualidade, mas a punição ainda deixa a desejar. É necessário prevenção e um corte considerável nos cargos comissionados. É necessário impedir a candidatura dos ficha-sujas. É necessário uma reforma política inteira e não pela metade. Instrumentos nós temos, mecanismos para impedir a corrupção também, falta apenas vontade política.

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Ah! O governador José Roberto Arruda (sem partido e entupido de denúncias de corrupção) ainda não prestou depoimento no inquérito em que se apura a violação do painel eletrônico em 2001. Se o caso estivesse sido apurado e ele condenado, então ele jamais poderia se candidatar e se eleger a um cargo de grande responsabilidade, como é o de administrador público do Distrito Federal e ficaria assim, inelegível além de responder processo sujeito a uma sanção de maior punição. Mas a justiça é lenta e existe também o foro privilegiado.
publicado no JM News em 04/01/2010 22:41:15

Promessa de político


O papo é que passamos por uma virada de ano e o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido e cercado de denúncias por todos os lados) não cumpriu com a promessa de apresentar provas irrefutáveis no primeiro dia do mês de janeiro, que evidenciariam a sua inocência. Agora, resta ainda, a outra promessa, a de que cumprirá o seu mandato de administrador distrital até o último dia. Mas isso, se a análise dos processos de impeachment e a instalação de uma CPI da Corrupção na Câmara Legislativa cair como uma pedra no seu telhado de vidro.

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Em suma; Confiar na palavra de um político corrupto é o mesmo que voltar à velha infância, quando a inocência ainda permitia acreditar em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e outras lendas que compõe o imaginário fantástico das fantasias.

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Ah! O outro detalhe é que por de trás das cortinas (que sinalizam a condição de recesso de fim de ano), parlamentares já estão articulando uma proposta para abrandar as denúncias de corrupção a fim de serenar a crise política.
publicado no JM News em 01/01/2010 17:59:07

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Passa a régua. Retratação - As imagens falam por si e o governo distrital volta a trabalhar


O papo é que quando, ao acionar o botão que configura a atualização do (meu) último post aqui publicado (neste excelente canal interativo e democrático de comunicação - e quero enfatizar aqui, os meus parabéns a essa maravilhosa equipe responsável pela elaboração e produção desse jornal), acontecia em Brasília, uma ação que foi de encontro ao prognóstico de elogio (que fiz, confesso), em parecença a uma manifestação pacífica (um pequeno engano configurado numa espécie de protesto dos mais civilizados, que assim, poderia ter virtualmente presenciado) das pessoas que lá exigiam uma reação de justiça em relação à questão do flagra obtido (tipo batom na cueca) do então governador do Distrito Federal, na coordenação e na distribuição de dinheiro adquirido de forma suspeita e ilícita para seus cúmplices, que, em minha opinião trata-se de formação de quadrilha.

A Polícia Militar de Brasília atendeu a solicitação hierárquica do governador (flagrado em seu próprio gabinete distribuindo pacotes de dinheiro nos bolsos, na cueca, nas meias e nos panetones), e desceu a borduna, o cassetete, as bombas de gás lacrimogêneo, as balas de borracha e as ferraduras dos cavalos em um grupo de manifestantes que protestavam contra a corrupção no Distrito Federal. A ação policial truculenta em nome do governador foi eficiente na forma de demonstrar o péssimo exemplo de como não se deve fazer política no Brasil, porém a interpretação foi erronia e a pífia atuação da política (política) deveria estar voltada para o combate de crime de corrupção, roubo, bandalheira e superfaturamento, como foi claramente demonstrado no áudio e nas imagens produzidas no próprio gabinete distrital.

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Pois bem! Logo em seguida, vem à mídia, o nosso então Presidente da República Federativa do Brasil (Luiz Inácio Lula da Silva), no alto dos seus 83% de popularidade e profere uma declaração a imprensa de que é necessário fazer alguma coisa contra a corrupção na política (então pensei: mas puxa vida, somente agora senhor presidente, após os seus 8 anos de mandato é que se descobre que tem que fazer alguma coisa contra as ações de corrupção no Brasil?).

Rouba-se uma barbaridade nesta república. A roubalheira comeu solto nesses 8 anos, assim como também comeu solto em governos anteriores. E onde está aquele homem da biografia demonstrada naquele filme do Luiz Carlos Barretos (Lula, o Filho do Barsil), com um compromisso ético, e com um olhar voltado para a sociedade de um país que tinha que melhorar.

O cara que, em um discurso emocionado dias atrás, gostaria de saber se o povo está na m* e que a sua intenção seria tirar esse povo da m* (de fato, palavrão espontâneo e discurso emocionado em defesa do povo. Lula é um excelente comunicador de massa, melhor até, que o velho Chacrinha). Aquele filme causa comoção e lágrimas (senhor presidente). As pessoas saem de lá tocadas, e somente agora, é que se descobre que a corrupção tem que ser tratada como um crime hediondo (francamente, senhor presidente)?

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Agora, vem o seo Arruda e anuncia a sua saída do DEM (Democratas) com aquele praxe de discurso contundente que ataca àqueles que o acusam. Em defesa de sua honra. Em defesa do seu mandato de governador outorgado pela população que lhe consentiu uma carta branca para administrar o distrito, juntamente, com a intenção (hipócrita) de não se candidatar a nenhum cargo político para as próximas eleições (como se fossemos perder muito com essa decisão) e com a vontade comunal de se dedicar inteiramente e intensamente a trabalhar pelo desenvolvimento de Brasília (imagina se ele intensifica mais o seu trabalho, o tamanho do cofre forte ele terá que construir para guardar os seus pacotes de dinheiro).

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Em suma; Quem paga o preço é aquele que pede por justiça. É o cidadão estendido no chão, desarmado, sem condições de defesa (e que já está farto de tanta impunidade no meio político) que ouve o tropear dos cascos e das ferraduras dos cavalos (do haras do governador) muito próximos dos ouvidos, que sente nas costas, a camassada de um bastão de borracha maciça, que sente na pele, o impacto doloroso de balas de borracha. São pesos diferentes para as medidas enfadonhas. A dor para o cidadão e a impunidade para o político safado, que banha o rosto com óleo de peroba logo quando acorda (para que o brilho dos holofotes da imprensa não ofusquem a sua imagem cara-de-pau).

E para fins de complemento, o Senado anunciou que vai rejeitar o pedido de impeachment do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (agora, sem partido), protocolado pelo servidor público federal Altivo Fausto Martins, uma vez que foi baseado em lei de 1986 (portanto, anterior à Constituição de 1988) que instituiu a autonomia do DF. Assim, a Casa deve arquivar a proposta sem dar prosseguimento à sua tramitação.

Em outro ponto de fuga estratégica que envolve a intenção de fugir dos subentendidos de abuso e corrupção, o seo Arruda, em reunião com o secretariado do GDF (Governo do Distrito Federal), resolveu antecipar para o próximo dia 18 o pagamento do salário de dezembro para todos os 45 mil servidores do governo local (uma somatória de R$ 193 milhões). Um afago para o funcionalismo a fim de desviar o foco das atenções.

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Ah! Que me perdoe os candangos mal informados, que pela prática democrática do voto, elegeu um cidadão safado (que já demonstrou sinais de corrupção quando o mesmo violou o painel eletrônico do senado) para o cargo máximo da administração distrital.

publicado no JM 16/12/2009 11:30:19