É MUITO PROVÁVEL QUE O IMPROVÁVEL ACONTEÇA

Crise americana - O estrago que seu Biu provocou

Quer entender a crise que pode levar os Estados Unidos para o buraco, segundo Bush, e com ele parte do mundo?

Extraído do blog no Noblat, que por sua vez pescou do blog Acerto de Contas:

"O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça “na caderneta” aos seus leais fregueses, todos bebuns e quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito e o aumento da margem para compensar o risco).

O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, PQP, TDA, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia sifu."

QUEM TEM MEDO DE GRAMPO?

O ministro do Superior Tribunal de Justiça e novo corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), declarou em uma entrevista que o grampo telefônico legal é de fundamental importância para a Justiça. "Sem ele, é quase impossível combater o crime do colarinho branco. É uma prova essencial".

Querem saber? Estou com ele. O uso do grampo com autorização judicial é uma ferramenta importante contra a corrupção. É necessário pulso firme para se obter êxito no combate ao desvio de dinheiro público, sonegação, lavagem de dinheiro, etc.

Em Curitiba, existem 1.200 inquéritos e ações penais em andamento, e apenas duas interceptações telefônicas autorizadas. Portanto é diferente do que se pode chamar de banalização do grampo. E além do mais, acredito que os juízes brasileiros são preparados e sabem discernir quando se deve deferir ou indeferir uma interceptação telefônica.

Sem a ajuda do grampo telefônico, seria praticamente impossível realizar uma apreensão de repercussão ou então, uma prisão, como ocorreu na queda de um grande traficante de renome internacional. Ora, quem tem medo de grampo que se cale ou então não fale bobagem.

Mais um detalhe. O ministro da Defesa defendeu punição não só para quem faz escuta ilegal, mas também para quem divulga seu conteúdo. Segundo o ministro, é preciso pensar “não só no apenamento do interceptador ilícito, mas também de quem divulgou a interceptação”. Então me pergunto. A nossa imprensa corporativa, ou melhor, aquela revista seria penalizada pela divulgação de um conteúdo pragmático?

PRETENSÃO & GRAMPOS

Soa-me estranho a pretensão do governo em grampear um dos presidentes dos três poderes. E mais estranho, é o vazamento deste conteúdo para uma mídia corporativa que entra no velho esquema da divulgação do fato no domingão (voltado à venda de exemplares), a repercussão durante a semana e que, logo aponta para o esquecimento. A amnésia mediática.

Haveria interesse em encobrir o que ainda está por vir? Uma suposta relação direta com opositores envolvidos com aquele tal banqueiro? Ou seria apenas, interesse em descobrir o time do coração do grampeado.