sexta-feira, novembro 27, 2009

Projeto Ficha Limpa tem como destino acumular poeira na gaveta do Presidente da Câmara



O papo é que foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, eleito com 99.046 votos de paulistanos pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (a PLP 518/09), também conhecida como Projeto de Lei da Ficha Limpa, que impõe critérios rígidos sobre a legibilidade de candidatos a um cargo de representatividade pública em relação a sua vida pregressa.

Esse projeto que conta com 1,3 milhão de assinaturas, o que corresponde ao apoio de 1% do eleitorado brasileiro, acaba de ir para a gaveta devido ao entendimento (pelo atual Presidente da Câmara), de que ainda não há um consenso político, e portanto, não existe prioridade que qualifique uma mudança radical no código eleitoral brasileiro, o que significa que, não há possibilidade de conquistar a simpatia de nenhum partido para dar andamento a esse projeto de lei.

Desculpa daqui, desculpa dali, e a PLP segue o consentimento e a vontade política que determina o engavetamento, afinal, “existem muitos projetos que exigem prioridade a serem votados na Câmara”. Tem o reajuste dos aposentados. Tem o projeto do pré-sal (e logo tem recesso parlamentar de fim de ano, pois afinal, ninguém é de ferro).

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Em suma. Um projeto de lei de iniciativa popular (com recolhimento de assinatura) que propõe mudança no código eleitoral e que comete a audácia de vetar e impugnar a candidatura daqueles candidatos que já tem uma condenação em primeira instância por crimes graves (repito: uma condenação grave em primeira instância, o que significa que não é aquele que foi apenas denunciado, não é apenas a aplicação da denúncia para inviabilizar uma candidatura), acaba empacado na gaveta do Presidente da Câmara e não passa pelo entendimento ético dos nossos parlamentares.

É assim. Os nossos parlamentares apenas reproduzem os vícios implantados desde a vinda da coroa portuguesa no Brasil. Não reproduzem virtudes. A justiça não pune. A Câmara não cassa os mandatos. Os partidos não negam legenda a candidatos que tem ficha suja. O foro é privilegiado. E os mesmos continuam.

E o que é que acontece? A culpa é do eleitor que não escolheu direito e que precisava analisar melhor o seu candidato. Os mensaleiros foram praticamente todos eleitos.

A sistematicidade eleitoral brasileira está completamente falida e requer uma reforma política inteira e não pela metade. O sistema proporcional de voto apenas reaproveita o sufrágio de legenda. O eleitor vota em um candidato honesto e a legenda aproveita o voto de coligação para eleger um sem caráter. E o eleitor arca com a responsabilidade enorme e injusta dessas instâncias que não querem assumir.

Democracia pero no muy. O eleitor até sabe em quem votou, mas não tem a menor idéia em quem foi eleito com o voto de legenda. Segundo estudos (da Transparência Brasil), dos 513 Deputados Federais, 39 atingiram o coeficiente eleitoral, os outros 474 foram eleitos com voto de legenda, voto de coligação, ou sobras eleitorais. A vontade do eleitor não é respeitada e isso não é democracia.

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Ah! O senador Demósteles Torres de DEM-GO (Democratas – que já teria sido beneficiado por atos secretos editados pelo Senado entre 1995 e 2009, segundo publicação de um periódico paulista (OESP - e que atualmente acabou censurado pelo coroné do Maranhão), de 23 de junho de 2009), já havia feito uma proposta, lá na comissão de constituição e justiça do senado, para que, um candidato condenado em primeira instância pela justiça, não poderia se candidatar, mas a proposição também não passou.

Será que esses nossos parlamentares sabem o significado da palavra ética?

quarta-feira, novembro 25, 2009

O apagão é coisa do além


O papo é que o apagão está rendendo capítulos extras, com direito a tudo que uma novela tem (quando se conquista altos picos), por devida regalia, quando o objetivo é garantir a audiência do público. Agora, a oposição tenta levar um vidente (esotérico) ao Congresso Nacional, para explicar a causa do apagão que ocorreu na semana passada (é, realmente esta é uma questão do além). Tudo por que, os representantes da incompatibilidade política da situação, não conseguiram aprovar a convocação da ministra Dilma Rousseff (da Casa Civil) para, digamos, falar sobre o apagão elétrico, a uma platéia atenta (que frequênta a Casa que abriga o órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as funções legislativa e fiscalizatória do Estado Brasileiro), que espera (como porta-vozes do povo) ouvir porque cargas d’água originou o blecaute que atingiu 18 Estados na semana passada.

Baixou o santo na Casa do Povo, e agora, temos até proposição para que as audiências sejam feitas em conjunto com a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e a Comissão de Serviços e Infraestrutura (CSI). Ao todo, serão ouvidos mais de 18 técnicos da área de dentro e de fora do governo (é obvio, eles serão os primeiros; questão de subsídio, para pavimentar os argumentos póstumos), e para incorporar, mais dois ministros (com datas ainda não defenidas). Edson Lobão (advogado, jornalista, ex-governador do Maranhão, amigo e indicado pelo coroné maranhense que é senador do Amapá – que me perdoe os amapaenses), nomeado para a pasta das Minas e Energias e Dilma Vana Rousseff (economista e ex-guerrilheira, filiada ao Partido dos Trabalhadores - PT, que atualmente é ministra-chefe da Casa Civil), a pessoa mais cotada para as próximas eleições a cadeira da Presidência da República, em 2010.

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Houve problema de gestão pública eficiente da rede? Houve!

O modelo é ruim por que é muito fragmentado? Sim!

Então a culpa é do antecessor? A culpa é sempre do antecessor!

A disputa política entre governo e oposição é explícita? Sim! É mais que explícita!

Mas é fato. Quem desenha o sistema é a ministra Dilma e quem administra é o ministro Lobão. E os antecessores, não trabalharam com a eficiência absoluta, para deixar um legado objetivo para as prósperas gerações.

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Em suma. Enquanto houver esse jogo de empurra-empurra, em que o único fundamento (da disputa política entre governo e oposição) é reclamar a posição de poder e atribuir a culpa da intempérie ou infortúnio ao inimigo próximo (ou até mesmo, a uma entidade espiritual), nunca teremos realmente, uma política séria, preocupada e voltada apenas, para o bem estar dos filhos dessa nação.

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Ah! É um acidente grave, de fato, mas é um problema que pode ocorrer até em país desenvolvido, e lá, eles tratam do assunto, de uma forma coerente e séria. Ao contrário daqui, em que a oposição sempre procura fazer um estardalhaço para fugir (pela porta dos fundos) da responsabilidade que também lhe é atribuída. A atividade rotineira da oposição é transformar os fatos em questões de guerra.

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Conclusão! É fato, é mais que comprovado! As alianças políticas são normais, mas põe em risco a segurança do Brasil!
publicado 18/11/2009 22:04:58 - JM News

Um paralelo histórico para os dias atuais


O papo é que um assunto sensível, que pode abalar a estrutura da relação diplomática entre Brasil e Itália, entra na pauta de discussão, no encontro em que o Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, terá com o premiê italiano Silvio Berlusconi, em relação à decisão que está para ser analisada e julgada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, sobre a extradição, ou não, do ex-ativista e ex-militante político de extrema esquerda, Cesare Battisti.

Battisti, que integrou um grupo de guerrilha urbana denominada como, os Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), no fim dos anos 1970, na Itália, foi condenado, em 1987, pela justiça desse mesmo país, à prisão perpétua (com privação de luz solar), pela autoria direta ou indireta de quatro homicídios atribuídos a esse grupo armado, além de assaltos e outros delitos menores.

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O chefe do governo italiano espera obter de Lula, a certeza de que, se a sentença judicial do STF estiver vinculada em uma decisão favorável à extradição do ex-militante italiano Cesare Battisti, ela deverá ser cumprida, ou seja, em outras palavras, não poderá haver uma determinação de revelia por parte do executivo. Porém, Lula não deixou clara essa posição, quando comentou sobre esse assunto, na visita que fez a Paris há poucos dias. O presidente afirmou (diante dos advogados franceses de Battisti) que, após a sentença do Supremo, ele irá analisar o caso para saber se haverá algo que sobra para ele. E cabe ao presidente, a palavra final.

Não apenas para o premiê italiano Sílvio Berlusconi, ou então, para o ex-líder comunista, ex-presidente do Conselho Italiano, hoje deputado do Partido Democrático (PD), Massimo D’Alema, mas também, para toda a classe política daquele país, Cesare Battisti é considerado um ex-terrorista, embora ele se julgue inocente.

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, do outro lado do Atlântico, para os velhos esquerdistas intelectuais, velhos aliados, velhos simpatizantes e velhos apoiadores do Partido dos Trabalhadores (PT), defendem que Cesare Battisti, foi julgado sem amplo direito de defesa na Itália, e que sua condenação foi motivada pelo forte crescimento do poder político da extrema direita, principalmente por parte de Berlusconi, portanto, a condenação foi injusta, sem provas categóricas, e o abrigo concedido pelo Brasil é um fato jurídico encerrado, pronto e acabado.

Mas, existem aqueles que (como eu) acham que ele deveria ser extraditado e (novamente) julgado por um tribunal que o conceda todo o exercício do direito de defesa, que se pratica em um país civilizado (como é a Itália) e democrático. Se for provada a sua inocência, nada mais justo, que ele desfrute dos direitos e o exercício de um cidadão livre. Porém, se for provado que ele assassinou pessoas e que cometeu crimes bárbaros, então deverá pagar, com todo o rigor que a lei determina, pois os parentes das vítimas, ainda reivindicam o direito de vê-lo cumprir prisão, e que o Brasil não pode dar guarita a um condenado por vários assassinatos.

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Em suma. O presidente do Brasil pagará o preço pela decisão final. Ele tem a palavra e o álibi de dizer que foi o Supremo que mandou, ou não, extraditar o ex-ativista e ex-militante político Cesare Battisti. Se o Supremo Tribunal Federal decidir pela permanência de Battisti, melhor será para o Lula. Mas se o Supremo emitir a resolução da extradição e Lula optar pela revelia, então o presidente cometerá o mesmo erro grave que cometeu Getúlio Vargas (e que até hoje é considerado culpado e com razão) em entregar Olga Benário Prestes (que estava grávida e que foi a mulher de Luiz Carlos Prestes, líder comunista no Brasil) à Gestapo, para ser executada em um campo de extermínio nazista (Bernburg), onde morreria numa câmara de gás, no ano de 1942.

Essa é uma sinuca de bico em que o Lula não poderá escapulir, e o resultado será uma discussão de ordem jurídica, política e institucional que resultará na mesma atitude desastrosa que o governo da ditadura getulista cometeu e que maculou a história jurídica no Brasil. Na época, o processo seguiu o mesmo entendimento e Olga Benário Prestes, ainda grávida, teve a filha (Anita Leocádia Prestes) em um campo de concentração antes de ser cremada. Somente o presidente tem o poder de vetar uma decisão do Supremo.

É um paralelo histórico que estabelece essa comparação. O contexto é praticamente igual. Os personagens são diferentes. O momento histórico é outro, mas o desgaste político que o Lula sofrerá será igual ao que Getúlio Vargas sofreu.

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Ah! De qualquer maneira trata-se de um lobby do governo italiano para que a extradição seja feita.
publicado 16/11/2009 20:29:00 - JM News

O amigo da onça, versão sul-americana


O papo é que a força do lobby empresarial, somada com a imposição caprichosa da volubilidade do presidente Luiz Inácio da Silva, acabou por ratificar o ingresso da Venezuela no Mercosul, por 12 votos a favor contra 5. Uma notícia em que o próprio presidente pode dar pessoalmente, em primeira mão, para o cínico bolivariano, todo poderoso senhor venezuelano e pseudodemocrata (que agora passa a ser o novo dono do Hilton Hotel, da Isla Margarita, devido ao mandato de expropriação pela reclamação do estabelecimento sobre a falta de segurança após o congresso África-América do Sul), Hugo Chávez.

Lula, que (conversa mais com Hugo Chávez do que com seus próprios filhos) está em sua quarta visita à Venezuela (somente este ano), isento de culpa, dotado de pureza, simplicidade e ingenuidade, acredita nas palavras do pseudodemocrata, quando este afirma, que a Venezuela, com seus 30 milhões de habitantes é um país em plena democracia, que tem plena liberdade de expressão e que não há nenhuma perseguição política (deve ter esquecido do Hilton Hotel). Diferente de Honduras, que se mata gente. Lá sim, perseguem subversivos, jornalistas e revolucionários.

A demagogia chavinista é tamanha, que chega ao ponto de ufanar, que agora, um grande mercado será criado no Sul da América, com o ingresso da Venezuela (que é uma das maiores reservas de petróleo e gás natural do planeta) no Mercosul, o que vai gerar uma nova ordem econômica.

E quem, vai segurar o ônus do palanque anti-EUA pregado pelo cínico bolivariano? Um senado zombado e malfadado pelo próprio pseudodemocrata como “papagaios dos americanos”?? Quem irá controlar o incontrolável Chávez???

Como o Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul já foi aprovado pela Câmara, o governo não terá dificuldade em repetir a façanha no plenário do Senado. Para isso, bastará garantir a presença mínima de 41 dos 81 senadores e o voto favorável da maioria destes, ou seja, 21.

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Em suma. Não se pode punir um país simplesmente pela causa de não se ter simpatia pelo seu governante, mas que Chávez irá tumultuar esse Mercosul, isso eu não tenho a menor dúvida.

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Ah! O Mercosul não é um mar de maravilhas. Em muitos casos, chega a atrapalhar as negociações do Brasil com o resto do mundo. Não existe moeda forte como o Euro e nem há uma relação política unificada, consistente, sólida, varonil.
publicado 30/10/2009 17:50:12 - JM News

E agora estamos notificados


O papo é que o governo de facto de Honduras entrou com uma ação de ingerência contra o Brasil, na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas (principal órgão judiciário da ONU – Organização das Nações Unidas), com sede em Haia, na Holanda, por meter o bedelho nos assuntos internos do país, devido à questão de conceder asilo político na embaixada brasileira em Tegucigalpa, ao presidente José Manuel Zelaya, deposto num golpe de estado, em 28 de junho de 2009.

Como o Brasil perdeu sua condição de mediador por não reconhecer a legitimidade do governo golpista, uma missão diplomática liderada pelo embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, deve ir à capital hondurenha para tentar resolver a crise, pois, o Itamaraty afirma que o governo de facto de Honduras, não teria o direito a recorrer à Corte Internacional de Justiça, pela questão de não ter o reconhecimento da comunidade internacional. Um pequeno engano, visto que, outros Estados poderão fazê-lo sob certas condições estipuladas pelo Conselho de Segurança, que pode encaminhar à Corte qualquer controvérsia jurídica, desde que tenham para isso, uma autorização da Assembléia Geral.

O governo de Micheletti sinaliza que pode, inclusive, pedir uma indenização ao governo brasileiro pelos prejuízos causados em abrigar Zelaya na sua embaixada. Atitude considerada essa, como prática de intervenção e mudança de ordem pública da República de Honduras (conforme emana a sua constituição).

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Essa intransigência que envolve o presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya (tirado do poder e expulso do país em junho por um golpe militar, e que surpreendente se materializou na embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde encontra-se abrigado desde que voltou clandestinamente a Honduras em 21 de setembro), e o presidente de facto de Honduras, Roberto Micheletti (que afirma que não existe diálogo com os zelayístas até as eleições presidenciais e parlamentares de 29 de novembro), promete muito pano pra manga, principalmente agora, que crimes misteriosos andam ocorrendo no país, como o assassinato de Enzo Micheletti, de 24 anos, filho de um irmão já falecido do presidente de facto de Honduras, somado a morte do coronel do Exército, Concepción Jiménez, baleado à queima-roupa por desconhecidos quando chegava em sua casa em Tegucigalpa.

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Em suma. Um pedido caricato, burlesco e ridiculamente risível. Como pode acusar um país de ingerência, sendo que o mesmo acolheu na embaixada uma solicitação de asilo. A posição do Brasil é clara e está voltada simplesmente no acompanhamento do assunto, baseada na convicção dos direito humanos e do direito internacional estipulado sobre questão de abrigo político.

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Ah! Neste caso, deveriam denunciar o cínico bolivariano, todo poderoso senhor da Venezuela, pseudodemocrata e agora dono do Hilton Hotel, Hugo Chávez, por conivência, cumplicidade por tolerância em acordo pecaminoso e colaborador moral no delito por perpetrar prejuízo alheio.
publicado 29/10/2009 17:36:16 - JM News

Estigmatizar a homofobia ou declaração de infortúnio


O papo é que não existe uma forma de não comentar a pífia declaração (com amplitude internacional) que saiu da boca de uma pessoa com um nível cultural elevado e que representa a vontade política um uma grande parcela de cidadãos que compõe o estado paranaense.

Atribuir um motejo ou um remoque, em meio a um assunto de extrema seriedade, em uma reunião de secretariado e de assessores de primeiro escalão de governo, que é transmitida por uma rede de rádio e de televisão para um número considerável de pessoas que esperam ações que envolvam uma circunspecção que traga uma melhoria na qualidade de vida do cidadão, é simplesmente degradante, subestima o imaginário do eleitor que votou e acreditou no conceito cultural daquele administrador escolhido e predestinado a representar um Estado.

No país do troca troca partidário, atribuir e relacionar o câncer de mama em homens, como consequência de passeatas gay, é um sinal absoluto de falta de lucidez ou de preconceito com a individualidade e com a liberdade sexual de cada pessoa. Homens também desenvolvem o tumor de mama e embora a incidência da doença ainda seja considerada baixa (algo equivalente a 1% dos cânceres malignos), ela tem aumentado a cada ano, e quanto antes for diagnosticado, melhor o prognóstico, pois, diferente da mulher (que já possui o hábito de realizar o autoexame), o homem, por desconhecimento deste tipo de doença, não se previne e nem realiza tal acompanhamento, o que dificulta o diagnóstico, prejudicando consequentemente o tratamento e a cura do tumor. Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (órgão ligado ao Ministério da Saúde), cerca de 250 novos casos são detectados a cada ano, em todo Brasil, desde 2002.

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Em suma. Ou o el supremo (como diz a Ruth), advogado, jornalista, todo poderoso, quase dono da regional de um partido político, ex-deputado, ex-secretário, ex-prefeito, governador eleito e reeleito pelo povo e pré-candidato a uma cadeira no Senado Federal está mal assessorado, ou ele não se deixa assessorar.

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Ah! Como meu avô já dizia: Quem fala demais dá bom dia a cavalo.
publicado 28/10/2009 16:57:15 - JM News

Uma questão delicada para o Lula


O papo é que um encontro diplomático entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Irã, Mahmoud Ahmedinejad, programado para acontecer em Brasília, no mês de novembro, pode desencadear em olhares de desconfiança por parte de uma grande parcela da comunidade internacional, em especial, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas – que é um órgão com poder para autorizar ações internacionais, como a imposição de sanções, o envio de forças internacionais e o uso da força contra países) e da comunidade judaica, que prometem manifestações e protestos.

Embora a alegação da visita esteja “oficialmente” voltada para a discussão de um processo de integração econômica e cultural, onde visa resultar no fim da exigência de vistos para cidadãos dos dois paises (e se a previsão se concretizar, o País será um dos poucos a não exigir visto para os cidadãos iranianos) e na complementaridade da atividade produtiva para o fornecimento de tecnologia agrícola e de insumos petroquímicos e adubos. Muito se teme, que o verdadeiro objetivo dessa visita esteja diretamente ligado no acordo de parceria e na colaboração para o desenvolvimento de projetos para a área nuclear.

A reação negativa se deve ao fato de que o Irã (que tem sido apontado pelos EUA, Grã-Bretanha e França, entre outros), busca acordos de desenvolvimento de tecnologia nuclear para fins militares (embora a negação seja sistemática), além do orgulho que Ahmadinejad carrega em afirmar que o Holocausto é um mito e que tudo não passa de um pretexto para a criação do Estado de Israel. Ahmadinejad chegou a afirmar publicamente que quer destruir o estado judeu e também é condenado por ativistas em acolher terroristas envolvidos em um ataque a um centro comunitário judeu que aconteceu em Buenos Aires em 1994.

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Em suma. Se uma visita pura e simples de Ahmadinejad manifesta e provoca um ponto de tensão que fere as suscetibilidades e idiossincrasias no mundo diplomático internacional. O que imaginar de uma visita que aspira acordo de tecnologia nuclear que tenha como pano de fundo, aspirações militares.

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Ah! Legitimamente, tanto o Irã como o Brasil tem o direito de aspirar um programa de desenvolvimento nuclear, portanto, um conselho de segurança da ONU, lotado de ogivas nucleares, não tem o direito e a autoridade moral de proibir que qualquer outro país o tenha, pois, além das nove potências militares que já estão dotadas de armamento nuclear (entre elas, Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, China, França, Israel, Índia, Paquistão e a Coréia do Norte, que há poucos dias, realizou seu primeiro teste nuclear subterrâneo), cerca de 30 outros novos países poderão desenvolver armas nucleares, conforme relatório divulgado em Viena, pelo então diretor Mohamed ElBaradei, da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
publicado 27/10/2009 17:19:22 - JMNews

E para nós, fica o subentendido





O papo é que não poderia de deixar de publicar o meu pitaco em relação à questão divulgada em um periódico de grande circulação nacional, quando o Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, proferiu a celebre frase que, se Jesus fosse eleito para liderar o Brasil, teria que se aliar com Judas se quisesse aprovar algum projeto (sic). É obvio que ele não foi feliz em sua metáfora, e como vovó já dizia: dogma e religião não se discute, mas na política vale tudo.

E tanto vale, que o esquecimento, ou melhor, um pequeno surto de amnésia faz parte dessa relação institucional que firma alianças com pessoas que, em um passado pouco remoto era tida como rival indigno de ponderação, mas a partir do momento em que se chega a uma presidência da república, as alianças que se tem que fazer com o Congresso Nacional (infestado de patrimonialistas que se preocupam mais em manter os seus bens necessários para sim darem continuidade na prole em benefício de uma herança política) é necessário para se governar dentro da realidade, isto é, seja quem for o governante, ele não conseguirá concretizar uma administração pública dentro de um caráter ideológico genuíno e verdadeiro. A realidade política é essa e nunca existirá um conceito estritamente voltado para esse tratado de formação de ideais intelectuais puro, exato, fiel, sincero e politicamente perfeito. Sempre foi assim e sempre será.

Embora Lula tenha sido conduzido ao Palácio do Planalto por uma massa que acreditou que ele teria coragem de virar a mesa, de dar uma basta e de fazer valer o seu discurso de moralidade para garantir a ética nas práticas políticas do país, seria ignorância da nossa parte, o entendimento de que o PT (Partido dos Trabalhadores) fosse o único partido capaz de promover mudanças no sistema pátrio político ao ponto de expurgar e expor para a opinião pública, os canalhas, os corruptos e os aproveitadores que infestam esse cenário político nacional.

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Em suma, o fisiologismo reinante exige que a forma e a montagem de um governo deliberem cargos para manter as posições de quem já se encontra por lá. As concessões políticas são inevitáveis e a sua negação determinaria uma paralisação geral dos projetos de governo como forma de retaliação.

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Ah! E com isso, fica para nós o subentendido: Não seria Judas um dos caciques do partidão de todos os governos ??? Afinal, o partidão não toma posição alguma além daquela de se manter no poder !!!


publicado 26/10/2009 17:05:11 - JM News


Dar para receber


O fato é que a missão de paz da ONU (Organizações das Nações Unidas), constituída em 2004 para garantir o quadro das eleições, formar a polícia e restabelecer a ordem política no Haiti (o país mais pobre do Hemisfério Ocidental), foi renovado por mais um ano. O pacto comandado por um colegiado de 15 países, envolve tropas da Argentina, Bolívia, Uruguai, Chile e é comandada pelo Brasil.

Na visão da conselheira Gilda Neves, chefe de Divisão das Nações Unidas do Itamaraty, a saída da Minustah (Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti - sigla em francês) seria prematura, pois o país demonstra “sinais de evolução” (sinais ínfimos) e poderia acarretar na eclosão e no surgimento de novos problemas sociais, embora exista, uma pressão muito grande por parte dos países desenvolvidos, para término dessas missões, pois são eles é quem pagam a conta, e a conta é muito alta.

Pelo planejamento do governo brasileiro que já gastou mais de R$ 700 milhões com a operação desde o início da missão, é de que a redução das tropas aconteça a partir de 2011, devido a cautela que a ONU tem através da experiência e do péssimo exemplo que aconteceu com países africanos.

A gravidade da situação do Haiti é séria (e nada é tão ruim que não possa piorar), pois além dos problemas sociais, o país foi atingido por quatro furacões nos últimos anos, que potencializou o atraso na sua recuperação (além castigar e causar a morte de 800 pessoas e de provocar prejuízos na cifra de US$ 1 bilhão). Agora, como um novo esforço para chamar a atenção, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, indica a participação do ex-presidente da república dos Estados Unidos, Bill Clinton (que na sua gestão, enviou 20 mil soldados americanos ao país, que retiraram do poder, o regime autoritário que havia deposto o então presidente Jean-Bertrand Aristide), como articulador que tem como objetivo, fazer progresso e criar oportunidades únicas de investimentos públicos e privados na obtenção de melhorias nas áreas de saúde e educação.

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O problema é que o Exército Brasileiro atua no papel de polícia, já que as Forças Armadas do Haiti foram dissolvidas em 1994 e ainda não reconstituídas (o que deixa os militares brasileiros muito expostos às questões de âmbito social e acabam vistos com arrogância, insolência e menosprezo pelos olhos da população). Essas tropas que tem como objetivo asseverar o quadro das eleições, formar a polícia local, garantir a estabilidade social e sair do país, acabam atuando como polícia repressora que ocasionou na morte de um estudante e mandou várias crianças e anciões para os hospitais devido ao excesso de gás lacrimogêneo despejado na população que protestava em favor do aumento do salário mínimo (para US$ 4 ao dia) aprovado pelo congresso haitiano.

A PNH (Polícia Nacional Haitiana) é o principal grupo de defesa do país que atualmente conta com um efetivo de 8 mil policiais treinados pelas Tropas de Paz chefiadas pelo Exército Brasileiro, que tem como meta, atingir um contingente de 14 mil e assim, cumprir com seu compromisso e afastar-se do país.

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A outra questão da problemática é aquela que envolve (a melhor das “boas intenções” do capitalismo selvagem) a missão comercial de empresários brasileiros liderada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit - que representa um dos setores da economia que mais sofreu com a desvalorização cambial e com a concorrência com produtos chineses), em garantir a participação no programa batizado de Hope (esperança), que se trata de uma ampliação da zona franca da industria têxtil desenvolvida pelos EUA onde visa a busca de parcerias para alcançar os mercados americano e europeu.

O programa consiste na intenção de fazer com que os empresários tenham uma boa possibilidade de exportar seus produtos devido a isenção de impostos aduaneiros com insumos de outros países (entre os quais o Brasil). Não se trata de fazer chover no sertão não. As empresas se movem aonde se tem a maior taxa de lucro.

Até ai, tudo bem, mas o detalhe é que nada vem de graça nesse globalizado capitalismo selvagem, pois, além da isenção total de impostos aduaneiros, o programa ganha na especulação da mão de obra, visto que 1 hora paga a um trabalhador norte-americano nas indústrias têxteis, equivale a 5 dias e meio de trabalho de um mesmo operário no Haiti.

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Em suma, o mandato que caminha para o sexto ano, se renova nos mesmos termos e essa ocupação não tem melhorado a situação da população. O problema do Haiti não é militar, não é um problema de guerra, e sim um problema de ordem, de desigualdade social e de concentração de renda. A situação do país tem se deteriorado. A cruz vermelha está com dificuldade de entrar nos locais onde se encontram essas tropas de paz. Ao todo, já se gastou mais de 2 bilhões de dólares com operação militar servida para reprimir. A política externa não tem uma política de solidariedade com o povo do Haiti.

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Ah! O Haiti é um país onde 80% de sua população vivem (sobrevivem) em situação de pobreza, sendo que 54% estão abaixo da linha da miséria total (em razão dos embargos sofridos durante anos por esses mesmos bem intencionados), além dos problemas de falta de infraestrutura básica, como portos e estradas. O salário mínimo hoje, não chega a US$ 1 por dia. As crianças fazem biscoito de terra para saciar a fome.
publicado 20/10/2009 15:50:44 - JM News