terça-feira, janeiro 06, 2009

O Gueto de Gaza

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A própria história conta que o povo judeu foi alvo da intolerância, da construção da desigualdade, da perseguição e de um conjunto de ações repressivas, realizadas e determinadas pelas características religiosas, culturais, políticas ou étnicas, ou será que o mundo esqueceu o que foi o holocausto. E agora, estão permitindo que o governo israelense transforme a Faixa de Gaza numa espécie de um novo Gueto de Varsóvia, um redivivo revitalizado do período da perseguição.

Israel desenvolve um tipo de guerra na Faixa de Gaza, que enraíza a idéia de que não há uma guerra entre Estados (talvez por que nunca permitiu a criação de um estado palestino). A política do Hamás de lançar foguetes sobre Israel, se deve a retaliação pelo bloqueio econômico, político, social e cultural sobre a Faixa.

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É necessário mais do que nunca se solidarizar com a história do povo palestino e também com a história do povo judeu. E não adianta vociferar por um Estado palestino com reconhecimento internacional se os próprios movimentos políticos palestinos não reconhecem a sua legitimidade, pois entendo que antes de haver uma negociação com Israel, é necessário que Hamás e Fatah negociem entre si.

Somente uma pressão rigorosa da opinião pública internacional poderá demover Israel a insanidade de promover uma nova releitura do Gueto de Varsóvia.

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Ou a sobrevivência de um depende da destruição do outro?

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