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Um gato com quatro anos de idade, foi cadastrado no programa social do Bolsa Família com o codinome de Billy da Silva Rosa, e recebeu durante sete meses o benefício do governo de R$ 20,00 por mês.
O beneficiário, portador do rendimento concedido, estava sendo convocado através de uma emissora de rádio da cidade para comparecer ao posto de saúde para a pesagem obrigatória, conforme exigência do programa, até que o insucesso levou um agente de saúde à casa do gatinho onde constatou a fraude.
Diante do fato a dona da casa disse ao agente: ''mas o Billy é o meu gato''. Ela não sabia que o marido, o então coordenador do programa no município de Antônio João, uma pequena cidade a 377 quilômetros de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), na divisa com o Paraguai, recebia o benefício do bichano e de mais dois filhos que não existem.
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Ao todo, as ''crianças'' recebiam mensalmente R$ 62,00 desde o início de 2008, quando o pilantra assumiu o cargo.
Após ouvir o apelo feito pela rádio local, o fraudador até tentou consertar o logro, e retirou o gato do cadastro transferindo o benefício para o sobrinho, mas era tarde demais.
Após a descoberta, o funcionário foi exonerado do cargo a bem do serviço público e está sendo processado pelo Ministério Público Estadual. O servidor terá que devolver o que recebeu ilegalmente.
No próximo mês será realizado um recadastramento para verificar se existem outras fraudes. A cidade de Antônio João possui 1.184 beneficiários do Bolsa Família e é um dos municípios mais pobres do Estado.
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