sexta-feira, janeiro 09, 2009

Apenas mais um tiro

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Enquanto a atmosfera é tomada por sussurros sobre um possível cessar-fogo através de uma proposta oriunda dos franceses e egípcios. No céu de Rafah, um avião israelense despeja panfletos orientando a população que evacuem a área antes do eminente ataque israelense. A questão fica no ar. Para onde irão todas aquelas pessoas que não têm norte algum para fugir?

Talvez o norte esteja em Yibneh, uma área incluída no programa de evacuação-bombardeio, que traduzindo significa, campo de refugiados. Condições de miséria máxima, onde centenas de civis desesperados passam horas em filas para comprar pão em algumas das raras padarias que ainda funcionam.

Todo o cenário de conflito ou de guerra é composto por imagens deprimentes.

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Li, em veículos responsáveis, porém com opiniões alternativas, que 21 médicos e para-médicos foram assassinados nessa guerra. Isso é algo que agride todas as convenções internacionais.

Há relatos de feridos, que há quatro dias ficaram presos em casa, sangrando, em dor, sem poder chegar ao hospital.

Na região de Zeitun, nem os médicos mais corajosos conseguiam sequer chegar aos seus hospitais, enquanto que, a propaganda nacional de Israel, com seus trajes ridículos e com seus argumentos também ridículos, explica que o Hamas é responsável pelo morticínio de crianças. Dos 686 palestinos mortos, 217 são crianças.

Na imagem de um vídeo amador, publicado na internet, vejo um pai vociferando e enlouquecido, que apontava para os cadáveres de duas crianças na entrada de um Hospital.

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Os lideres discutem ... discutem ... discutem ...
Enquanto inocentes morrem ... morrem ... morrem ...
Alguém explica o indizível, ou vamos engolir uma guerra, que é a mais brutal e a mais inexplicável de toda a história de Israel.

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