sexta-feira, janeiro 16, 2009

O ódio fabricado

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E se você vir um menino palestino em sua casa atingida por bombas. Ao seu lado, sua mãe e seus irmãos mortos, enquanto permanece junto dos corpos em meio às ruínas. O que esperar de um menino desse? Certamente, um futuro militante do Hamas. O que lhe resta? O que falta para um garoto como este envolver o corpo com bombas e se explodir? A vingança passa a ser objetivo para este menino.

É admissível que Israel com sua truculência tenha alimentado e fortalecido o Hamas, pois quem semeia ventos colhe tempestades. Dos 935 palestinos mortos até o momento, 280 são crianças, 97 são mulheres e 92 são idosos de ambos os sexos. Embora existam vozes que consideram este ataque como defesa de Israel contra o Hamas.

Até onde vão as verdades e as mentiras nesta história toda? Durante anos Israel negou reiteradamente o direito dos palestinos a um Estado soberano, desrespeitou e não cumpriu resoluções de um tratado internacional firmado com a Organização das Nações Unidas (ONU) e atualmente não se intimida com a exposição de suas crueldades na mídia.

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Não concordo com as atitudes de Israel, assim como não concordo com as atitudes do Hamas. Estou fazendo a minha parte protestando contra a covardia que está sendo cometida com seres humanos. Somos uma raça só. Não importa se somos negros, polacos, árabes ou judeus. Não importa se alimentamos nossa cultura com catas, credos ou crenças. Não importa se somos cristãos, muçulmanos ou ortodoxos.

É preciso dar um basta. A opinião pública da população mundial, as entidades humanitárias e a imprensa internacional não podem assistir incapazes e revoltados a esta nova releitura do holocausto. Todos os anos (desde 1989), a Assembleia da ONU vota uma resolução intitulada “Solução pacífica para a questão da Palestina”. E todos os anos o resultado é o mesmo.
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