segunda-feira, maio 18, 2009

Saída pela tangente


Imerso a uma crise moral o Congresso chega com um novo produto de desvio. Acobertar os seus responsáveis. Isso por quê, o assunto em que diverge na absorção da esfera é digna de um desvio midiático. Trata-se da reforma política. Passível por desviar os olhares e de deixar os assuntos que há pouco se passou, em estágio letárgico e inerte. O passado no provável ímpeto do esquecimento.

A proposta de reforma do sistema eleitoral e do financiamento das campanhas feitas a toque de caixa como está sendo proposto, soa um tanto como suspeita. Ainda mais, quando temos uma parcela significativa do eleitorado que, culturalmente esquece em quem votou na eleição passada, que não está preparada para votar, quanto mais, votar em uma legenda partidária fechada. Isso é muito cedo para criar vínculos que mereça consideração entre os eleitores e candidatos.

Se o eleitor deixar de votar em nomes para vereador e deputado, e passar a votar em listas partidárias fechadas, como ele vai punir, através do voto, na legitimidade das urnas, o político que desonrou um mandato popular? Seria como colocar a carroça à frente dos animais de tração. Primeiro tem que mexer no voto distrital, na fidelidade partidária, no voto facultativo, a questão da reeleição e deixar bem esclarecido a questão do financiamento de campanha para que depois não tenha que regurgitar o projeto ou trabalhar a lei através de emendas. Esse é um assunto que rende muita discussão e carece de uma preparação coletiva para depois colocá-lo em prática.

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É bem verdade que em 2007 uma comissão especial da Câmara aprovou um texto que propunha a substituição do voto em candidatos singulares pelo voto em partidos, com as suas listas pré-ordenadas de candidatos. Mas atentai, isso é um assunto que requer muita discussão e não está maduro o suficiente para aplicar nas próximas eleições.

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