quarta-feira, maio 06, 2009

O fantasma do 3º mandato


Numa entrevista entusiástica a um veículo de comunicação do estado de São Paulo de grande tiragem e de circulação nacional, o ex-presidente collorido que sofreu um processo de impeachment, que foi cassado e agora está de volta ao poder como senador representante do Partido Trabalhista Brasileiro pelo estado de Alagoas (o mesmo partido que é presidido por aquele político que teve o mandato cassado e que iniciou as denúncias do mensalão), afirmou que o seu partido vai examinar com muita serenidade a possibilidade de um plebiscito em relação a tese de um possível 3º mandato para o atual Presidente da República Federativa do Brasil em exercício.

O vento sopra a favor, pois os empresariados no Brasil andam satisfeitos, os banqueiros continuam com a manutenção das estratosféricas margens de lucro, a base parlamentar ampla e heterogenia, e que não tem nada em comum com o projeto político do partido do governo a não ser manter a continuidade de poder, segue acomodada na generosa máquina administrativa, e enfim, com uma popularidade em alta, o atual Presidente da República Federativa do Brasil só não se reelege se não quiser.

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Volta e meia os aliados do governo ressuscitam essa idéia na tentativa de não sofrerem riscos e dar continuidade na manutenção do poder, mas para que isso aconteça, é necessário uma reforma constitucional, e o tempo é curto.

A tentação política é grande, principalmente depois que veio a baila a doença da atual ministra e postulante ao cargo na sucessão presidencial. E se não for ela, o Partido dos Trabalhadores fica sem ninguém a altura de disputar uma candidatura de hereditariedade governamental com os quase definidos pré-candidatos da oposição pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) dos estados de Minas Gerais e de São Paulo.

Mas, conhecendo o Congresso, a proposta tem chance de vingar, e o atual presidente só não terá o terceiro mandato se não quiser. O problema nesta questão toda, é que ele iria se igualar aos presidentes das pseudo-democracias dos países latino americano como a Venezuela, a Colômbia e a Bolívia, que brigam pela reeleição permanente (algo que eu acho extremamente pernicioso). E diante disso, o atual Presidente da República Federativa do Brasil fugiria dos bons olhos internacionais e com isso, fugiria também do conceito de postura democrática, de negócios, de chefe de estado e perderia a distinção racional.

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