segunda-feira, maio 25, 2009

Papos, articulações e a movimentação intermediária no Congresso


O presidente da Câmara no Congresso, do velho Partido do Movimento Democrático Brasileiro e eleito pelo estado de São Paulo (PMDB-SP), colocará em votação um requerimento de urgência na tramitação dos projetos de lei que tratam do financiamento público das campanhas e das listas fechadas nas eleições proporcionais. Com a aprovação da urgência, a análise da matéria ganha prioridade, o que gera a possibilidade de que as alterações e emendas passem a vigorar a partir do ano que vem, isto é, nas próximas eleições.

Para o principal articulador das propostas, o ex-presidente da Casa, e também partidário da legenda do presidente da Câmara e deputado federal eleito pelo estado do Rio Grande do Sul (PMDB-RS), afirmou que os parlamentares já têm uma opinião formada sobre esse assunto, tendo e vista, que essa proposição já está a muito tempo circulando pelos bastidores do Congresso.

Já um opositor da proposta, vice-líder do governo na Câmara, deputado pelo Partido Progressista, aqui da região Norte do Paraná (PP-PR) e exímio articulista se confraternizou com lideres partidários do PSB, PR, PP e PTB, que juntos têm 138 cadeiras e garantiu que seus partidos votarão em peso contra as listas fechadas e o financiamento público.

Mas caso a proposição passe pela Câmara, as propostas ainda precisam ser avaliadas pelo Senado.

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É bem verdade que o Brasil é um dos poucos países desenvolvidos ou emergentes que não adotam esse processo de lista fechada, está na cultura, por isso se deve levar em consideração o fato de que esse processo deve ser aplicado de forma lenta, após muito debate e definição daquilo que ainda não está bem esclarecido dentro da proposta e que pode resultar em emendas.

Uma mudança drástica a muito pouco tempo das eleições vai apenas criar confusão e afastar o povo do processo decisório além de eternizar os caciques dos partidos. A população desaprova esse sistema e prefere votar no candidato ao invés do partido. O lado positivo é que as listas podem resultar em uma maior participação das mulheres na política.

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Mas nada de fazer as coisas atropeladas, ou a toque de caixa até porque, alheio a esse debate, nos porões do Congresso, articula-se a possibilidade de um terceiro mandato.

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