segunda-feira, março 30, 2009

A verba é minha e eu faço dela o que bem quiser

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O deputado federal licenciado do Partido dos Democratas e secretário de Transportes do Distrito Federal, também conhecido na Câmara como o principal nome da "bancada da bala", onde ganhou notoriedade ao ser o porta-voz no Congresso da "Frente do Não", na vitoriosa campanha contra a proibição da venda de armas no Brasil, paga o salário da empregada doméstica de sua casa com recursos da Câmara.

Contratada pelo gabinete do suplente do nobre deputado, também do Partido dos Democratas, a empregada doméstica é na verdade servidora desde fevereiro de 2003, porém, no mês passado, ela foi promovida de secretária parlamentar 05 para 06, para cuidar da limpeza da residência, localizada numa área de 1.875 m2 às margens do lago Paranoá, região nobre de Brasília.

Seu salário atual é de R$ 1.080 por mês, e trabalha na residência há mais de quatro anos.

O nobre deputado do Partido dos Democratas não vê problema algum em usar a estrutura da Câmara dos Deputados para contratar a doméstica, que mora e trabalha em sua casa, apesar de ele negar que ela seja empregada doméstica e afirmar que tem dinheiro para pagá-la, mas não o usa porque "não quer".

O suplente afirmou não saber quem ela era nem onde ela fica e que, substituir todo o pessoal é um trabalho imenso. Afinal, ele é suplente, e pode devolver a cadeira assim que solicitada.

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Sem preconceito e sem generalizar a capacidade ou aptidão para os trabalhos domésticos, mas trata-se de um cargo público destinado a um funcionário que exige qualificação e direcionado para um funcionário desqualificado. Não é de hoje que é preciso moralizar essa Casa.

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