segunda-feira, junho 08, 2009

Reparar os erros


Países da América Latina aumentam a pressão sobre os EUA e revogam a suspensão de Cuba, na 39ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada em Honduras.

O retorno de Cuba à OEA, anula uma decisão tomada na desditosa decisão da reunião de Punta del Este, no Uruguai, em janeiro de 1962, decorrente da crise dos mísseis de Cuba, quando no auge da Guerra Fria, os Estados Unidos divulgou fotos de um vôo secreto realizado sobre a ilha, onde apontou silos para abrigar mísseis nucleares.

O isolamento e as sanções contra a forma de governo de Fidel Castro apresentavam o mais grave defeito de qualquer política capitalista, evitar a consolidação da influência soviética e a expansão do regime comunista. Os americanos aceitariam a opção marxista de Havana em troca da neutralização da ilha nas questões políticas e estratégicas da Guerra Fria.

A reparação ou essa possibilidade de retorno de Cuba à organização após 47 anos, não causa otimismo para a população, que demonstra total desinteresse e desprezo em aceitar a inclusão e a concordância do país em cumprir as convenções da OEA sobre direitos humanos e outras questões.

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Cuba não precisa participar de convenções sobre direitos humanos ou de ganhar afagos ou esmolas. Cuba necessita do rompimento do embargo econômico, a mais cruel das medidas. Cuba precisa de financiamentos para infra-estrutura, de empréstimos internacionais para fomentar o seu desenvolvimento, de parcerias para desenvolver as relações econômicas e comerciais. Cuba precisa de construção de estradas, de recuperação de hotéis, de novas linhas de energia e de comunicação (para se ter uma idéia, cada cubano que queira adquirir um celular precisa pagar uma taxa de inscrição equivalente a três meses de salário de um trabalhador médio). Cuba precisa de reparos urgente.

Mas a bem da verdade, é que Cuba precisa mesmo de uma política democrata.
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