quarta-feira, junho 24, 2009

O medo de “pardais” vem da dependência de variáveis


Um Passat Preto Alemão passa em sobrevoo na esquina das ruas Ivo Zanlorenzi com Paulo Gorski, na capital paranaense. Violentamente colide e deixa um saldo de dois mortos para alimentar as lágrimas das mães que esperavam seus filhos.

O dia era 7 de maio. Madrugada fria na gélida Curitiba de inverno...

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Pois bem. Aderindo a um subterfúgio para fugir da evasiva do acontecimento funesto, o ponto nevrálgico a ser tocado é outro.

Além do erro humano e além das marcas da tragédia, o fato gera dúvidas sobre a eficiência do sistema de monitoramento eletrônico que controla a velocidade dos veículos nas vias da cidade, pois o Passat Preto Alemão que rodava a uma velocidade absurda, e bem superior ao padrão estipulado pela legislação que rege o município, não aparece nos registros dos (vários) equipamentos de monitoramento eletrônico.

Descobre-se então que, o sistema é falho, depende de variáveis como a condição do local, do trânsito de veículo entre faixas, da passagem de dois veículos ao mesmo tempo pelos sensores, a faixa de leitura do equipamento, além daqueles veículos que desaparecem misteriosamente da via. A falha acontece tanto com veículos que estão acima da velocidade, como aqueles que estão dentro do limite.

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Muito se cobra no imposto do cidadão para sustentar a instalação e a manutenção desses equipamentos. Muito se fala sobre a indústria das multas, mas quem garante a funcionalidade desses radares. Assim como há a possibilidade de um veículo não ser registrado pelos equipamentos, também há uma possibilidade de um veículo que transita a 55 km/h aparecer no registro do sistema a uma velocidade de 155km/h.

Portanto, não há garantia de confiabilidade nesse sistema. Quando o cidadão comum acha que está sendo lesado e entra com um recurso no Instituto de Urbanização recebe logo um não como resposta e a fotografia congelada do veículo, bem como, os dados impressos de um equipamento que não transmite confiança ou credibilidade.

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Será que os “pardaizinhos” cumprem apenas com a função do psicológico que cria a existência do medo pré-estabelecido de ultrapassar o limite padrão?
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