sexta-feira, janeiro 01, 2010

Passa a régua. Retratação - As imagens falam por si e o governo distrital volta a trabalhar


O papo é que quando, ao acionar o botão que configura a atualização do (meu) último post aqui publicado (neste excelente canal interativo e democrático de comunicação - e quero enfatizar aqui, os meus parabéns a essa maravilhosa equipe responsável pela elaboração e produção desse jornal), acontecia em Brasília, uma ação que foi de encontro ao prognóstico de elogio (que fiz, confesso), em parecença a uma manifestação pacífica (um pequeno engano configurado numa espécie de protesto dos mais civilizados, que assim, poderia ter virtualmente presenciado) das pessoas que lá exigiam uma reação de justiça em relação à questão do flagra obtido (tipo batom na cueca) do então governador do Distrito Federal, na coordenação e na distribuição de dinheiro adquirido de forma suspeita e ilícita para seus cúmplices, que, em minha opinião trata-se de formação de quadrilha.

A Polícia Militar de Brasília atendeu a solicitação hierárquica do governador (flagrado em seu próprio gabinete distribuindo pacotes de dinheiro nos bolsos, na cueca, nas meias e nos panetones), e desceu a borduna, o cassetete, as bombas de gás lacrimogêneo, as balas de borracha e as ferraduras dos cavalos em um grupo de manifestantes que protestavam contra a corrupção no Distrito Federal. A ação policial truculenta em nome do governador foi eficiente na forma de demonstrar o péssimo exemplo de como não se deve fazer política no Brasil, porém a interpretação foi erronia e a pífia atuação da política (política) deveria estar voltada para o combate de crime de corrupção, roubo, bandalheira e superfaturamento, como foi claramente demonstrado no áudio e nas imagens produzidas no próprio gabinete distrital.

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Pois bem! Logo em seguida, vem à mídia, o nosso então Presidente da República Federativa do Brasil (Luiz Inácio Lula da Silva), no alto dos seus 83% de popularidade e profere uma declaração a imprensa de que é necessário fazer alguma coisa contra a corrupção na política (então pensei: mas puxa vida, somente agora senhor presidente, após os seus 8 anos de mandato é que se descobre que tem que fazer alguma coisa contra as ações de corrupção no Brasil?).

Rouba-se uma barbaridade nesta república. A roubalheira comeu solto nesses 8 anos, assim como também comeu solto em governos anteriores. E onde está aquele homem da biografia demonstrada naquele filme do Luiz Carlos Barretos (Lula, o Filho do Barsil), com um compromisso ético, e com um olhar voltado para a sociedade de um país que tinha que melhorar.

O cara que, em um discurso emocionado dias atrás, gostaria de saber se o povo está na m* e que a sua intenção seria tirar esse povo da m* (de fato, palavrão espontâneo e discurso emocionado em defesa do povo. Lula é um excelente comunicador de massa, melhor até, que o velho Chacrinha). Aquele filme causa comoção e lágrimas (senhor presidente). As pessoas saem de lá tocadas, e somente agora, é que se descobre que a corrupção tem que ser tratada como um crime hediondo (francamente, senhor presidente)?

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Agora, vem o seo Arruda e anuncia a sua saída do DEM (Democratas) com aquele praxe de discurso contundente que ataca àqueles que o acusam. Em defesa de sua honra. Em defesa do seu mandato de governador outorgado pela população que lhe consentiu uma carta branca para administrar o distrito, juntamente, com a intenção (hipócrita) de não se candidatar a nenhum cargo político para as próximas eleições (como se fossemos perder muito com essa decisão) e com a vontade comunal de se dedicar inteiramente e intensamente a trabalhar pelo desenvolvimento de Brasília (imagina se ele intensifica mais o seu trabalho, o tamanho do cofre forte ele terá que construir para guardar os seus pacotes de dinheiro).

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Em suma; Quem paga o preço é aquele que pede por justiça. É o cidadão estendido no chão, desarmado, sem condições de defesa (e que já está farto de tanta impunidade no meio político) que ouve o tropear dos cascos e das ferraduras dos cavalos (do haras do governador) muito próximos dos ouvidos, que sente nas costas, a camassada de um bastão de borracha maciça, que sente na pele, o impacto doloroso de balas de borracha. São pesos diferentes para as medidas enfadonhas. A dor para o cidadão e a impunidade para o político safado, que banha o rosto com óleo de peroba logo quando acorda (para que o brilho dos holofotes da imprensa não ofusquem a sua imagem cara-de-pau).

E para fins de complemento, o Senado anunciou que vai rejeitar o pedido de impeachment do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (agora, sem partido), protocolado pelo servidor público federal Altivo Fausto Martins, uma vez que foi baseado em lei de 1986 (portanto, anterior à Constituição de 1988) que instituiu a autonomia do DF. Assim, a Casa deve arquivar a proposta sem dar prosseguimento à sua tramitação.

Em outro ponto de fuga estratégica que envolve a intenção de fugir dos subentendidos de abuso e corrupção, o seo Arruda, em reunião com o secretariado do GDF (Governo do Distrito Federal), resolveu antecipar para o próximo dia 18 o pagamento do salário de dezembro para todos os 45 mil servidores do governo local (uma somatória de R$ 193 milhões). Um afago para o funcionalismo a fim de desviar o foco das atenções.

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Ah! Que me perdoe os candangos mal informados, que pela prática democrática do voto, elegeu um cidadão safado (que já demonstrou sinais de corrupção quando o mesmo violou o painel eletrônico do senado) para o cargo máximo da administração distrital.

publicado no JM 16/12/2009 11:30:19

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