quarta-feira, janeiro 27, 2010

A linha condutora de raciocínio lógico dos governantes brasileiros


O papo é que, diante da maré de intempéries e catástrofes que estampam as manchetes dos principais veículos de comunicação dessa aldeia global, a análise, a justificativa, as declarações e o pensamento político dos representantes que se candidatam e estão lá (no poder) para resolver ou amenizar os problemas sociais de uma parcela significativa da população que é direta ou indiretamente atingida por esses infortúnios, procuram através de discursos estapafúrdios, desculpas para fugir de suas responsabilidades atribuídas.

O governador tucano do estado de São Paulo, José Serra, do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), diante das mares de enchentes que assolam a maior cidade do país, vem a publico e diz que a população tem que se preparar para conviver com esses fenômenos climáticos extremos, como quem diz que isso é parte do destino, ou de uma nova realidade introduzida no cotidiano devido ao aquecimento global, quando na verdade, trata-se de um mal planejamento decorrente de obras (de sua responsabilidade) não realizadas adequadamente. No seu discurso, a fuga do pressuposto implica na frase demagógica, onde o mesmo, afirma que irá ampliar e reforçar a Defesa Civil para dar sustentação a esse tipo de situação. Ou, em outras palavras, passar a mãozinha na cabeça daqueles coitados atingidos pela desgraça, que perderam casas, carros, móveis, utensílios e até vidas, quando a lógica seria aprofundar a calha dos rios que cortam a metrópole e concluir as obras dos piscinões.

Já no estado do Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral Filho, do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), se deparou com uma situação em que a população tomou o maior susto, quando um trem desgovernado (da antiga Central do Brasil, hoje privatizada e sob a tutela da Super Via, que faz parte de um grupo financeiro que deu dinheiro para a campanha do governador e para muitos deputados), percorreu mais de sete quilômetro, com mais de 2.400 pessoas a bordo, a mais de 70 quilômetros por hora e que passou batido por mais de quatro estações. Só não produziu uma tragédia estilo haitiana, porque o trem foi o primeiro a sair da estação pela madrugada e não tinha nenhuma outra composição à sua frente. Pois, na velocidade em que estava, seria irremediável um atropelo na traseira de outra composição que produziria, evidentemente, um grande número de mortos e feridos. Questionado e requerido sobre essa falha no sistema de transporte público de trem urbano do Rio de Janeiro, o governador disse que não adianta cobrar, porque milagre não existe, e segundo ele, a Super Via faz os investimentos, mas milagres não existem.

Na esfera federal, o Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT (Partido dos Trabalhadores), em uma reunião ministerial, chamou o presidente nacional do partido oponente, Sérgio Guerra, do PSDB, de babaca, e depois afirmou que pretende fazer uma campanha presidencial de alto nível, baseada na seguinte bandeira. Quem sou eu e quem és tu, isto é, instituída na comparação política e social dos petistas, contra os antagonistas tucanos do PSDB e dos ex-peéfelistas do DEM (hoje, Democratas).

E do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (agora, sem partido), hoje eu nem vou comentar ( ... ).

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Em suma; As enchentes que matam os paulistanos e infernizam a vida dos contribuintes daquela Grande Cidade é consequência dos desígnios divinos. Um trem desgovernado que percorre um trajeto de mais de 7 mil metros, a mais de 70 quilômetros por hora, com mais de 2.400 pessoas a bordo e que passa batido por quatro estações é desígnio divino.

Ou seja, o governador de São Paulo não conhece obra de drenagem, o governador do Rio de Janeiro não conhece sistema emergencial de frenagem, o presidente da república desconhece ética e o governador do Distrito Federal, bem, o governador do Distrito Federal eu comento depois.

Eles preferem remeter os seus discursos a um problema do além, uma fatalidade, um destino, quando na verdade, uma grande parcela de responsabilidade lhes cabem por direito, pois, foi para isso que eles se candidataram e se elegeram. Eles estão lá para cumprir a função de trabalhar para a melhoria das condições sociais da população e não apenas para serem bonecos de fantoches (e nos tomam uma fortuna de dinheiro em através de impostos).

Ou será que eles acham que nós somos otários, ou idiotas?

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Ah! Na verdade eles são as mesmíssimas coisas, tanto de um lado quanto do outro. Tudo, como diz o presidente, um bando de babacas!

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