segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Declaração categórica


O papo é que, Ciro Gomes, do PSB (Partido Socialista Brasileiro - ex-governador, ex-deputado e ex-ministro), não quer abrir mão da candidatura presidencial (apesar dos apelos do honorável presidente Luiz Inácio Lula da Silva), mas na atual circunstância e no contexto que envolve a política brasileira (que pouca diferença faz), colocar o José Serra, a Dilma Rousseff, o Ciro Gomes, um abacate, um tomate, um repolho, o macaco Tião ou vários abacaxis juntos na disputa pelo Palácio do Planalto. É no fundo, estimular a continuidade do mesmo sistema, do mesmo aparato e do mesmo aparelho que representa e defende o jogo de interesses dessa classe, pois, na essência, tudo não passa de um continuísmo que prevalece a mesma manutenção política de estado.

No fundo, no fundo. O atual sistema político brasileiro, não passa de uma mesmice. Os atuais representantes do povo (é claro que existem exceções) acabam quase que todos classificados como farinha do mesmo saco. Há muito tempo que esse quadro político não se renova, quando em casos, se transfere por heranças, como um aprimoramento do contexto regional, que que ora vez, adquiri algum âmbito nacional.

A diferença na economia é um estudo relacionado, e nós, brasileiros, carregamos o barco (seja na seca, ou seja, na enchente) nas mesmas circunstâncias. Tudo não passou de um continuísmo programático. Sem ideologia, sem partido, mas com a convicção natural do desenvolvimento intelectual do povo brasileiro, que aos poucos está quase que aprendendo a votar e escolher os seus governantes.

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O Ciro Gomes não vai abrir mão de sua candidatura. E o seu trabalho está direcionado em colocar o dedo na ferida moral que o governo do PT (Partido dos Trabalhadores) carrega pela cumplicidade de manter uma aliança governamental com o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro, também conhecido como partidão de todos os governos devido as várias alianças firmadas, nas mais variadas espécies ideológicas de administrações públicas e com um contexto relacionado no trabalho de um grande grupo de pessoas que defendem os interesses patrimoniais, como herança do colonialismo português – é claro que há as suas exceções de praxe), que segundo ele, classifica a união como uma moral frouxa e roçada de escândalos.

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Em suma; Ciro Gomes pode sim ser um fator importante na disputa presidencial devido ao fato de um possível segundo turno (caso meramente coincidente que pode ser exemplificado aqui no Paraná, como nas relações de apoio do Requião, que em uma eleição era PT e amigo pessoal de Lula e agora namora com o PSDB de Serra). E como a proposta de Ciro está vinculada a um conceito moral, ele deveria recomeçar com um ato reparador (o que seria muito bom para todos nós que necessitamos de credibilidade por parte desses políticos), como no caso, de abrir uma CPI para mandar logo o seu irmão indenizar o governo do estado do Ceará pela grana que gastou para viajar de jatinho com a mulher e a sogra à custa do contribuinte. Há suspeitas de que essa grana ainda não foi ressarcida aos cofres do estado. Então qual é a alternativa em que ele faria para peitar esse partido no campo moral?

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Ah! A presença de Ciro Gomes na disputa, segundo as pesquisas, aumenta a distância entre Dilma e Serra. O que a princípio, é favoravel ao Serra, e é por isso que o presidente Lula insiste em que Ciro dispute as eleições para o governo de São Paulo, mas por outro lado, pode levar a eleição presidencial a um segundo turno, o que não deixa de ser uma vantagem para Dilma.
publicado no JM News em 04/02/2010 12:33:07

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