quarta-feira, novembro 25, 2009

E para nós, fica o subentendido





O papo é que não poderia de deixar de publicar o meu pitaco em relação à questão divulgada em um periódico de grande circulação nacional, quando o Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, proferiu a celebre frase que, se Jesus fosse eleito para liderar o Brasil, teria que se aliar com Judas se quisesse aprovar algum projeto (sic). É obvio que ele não foi feliz em sua metáfora, e como vovó já dizia: dogma e religião não se discute, mas na política vale tudo.

E tanto vale, que o esquecimento, ou melhor, um pequeno surto de amnésia faz parte dessa relação institucional que firma alianças com pessoas que, em um passado pouco remoto era tida como rival indigno de ponderação, mas a partir do momento em que se chega a uma presidência da república, as alianças que se tem que fazer com o Congresso Nacional (infestado de patrimonialistas que se preocupam mais em manter os seus bens necessários para sim darem continuidade na prole em benefício de uma herança política) é necessário para se governar dentro da realidade, isto é, seja quem for o governante, ele não conseguirá concretizar uma administração pública dentro de um caráter ideológico genuíno e verdadeiro. A realidade política é essa e nunca existirá um conceito estritamente voltado para esse tratado de formação de ideais intelectuais puro, exato, fiel, sincero e politicamente perfeito. Sempre foi assim e sempre será.

Embora Lula tenha sido conduzido ao Palácio do Planalto por uma massa que acreditou que ele teria coragem de virar a mesa, de dar uma basta e de fazer valer o seu discurso de moralidade para garantir a ética nas práticas políticas do país, seria ignorância da nossa parte, o entendimento de que o PT (Partido dos Trabalhadores) fosse o único partido capaz de promover mudanças no sistema pátrio político ao ponto de expurgar e expor para a opinião pública, os canalhas, os corruptos e os aproveitadores que infestam esse cenário político nacional.

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Em suma, o fisiologismo reinante exige que a forma e a montagem de um governo deliberem cargos para manter as posições de quem já se encontra por lá. As concessões políticas são inevitáveis e a sua negação determinaria uma paralisação geral dos projetos de governo como forma de retaliação.

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Ah! E com isso, fica para nós o subentendido: Não seria Judas um dos caciques do partidão de todos os governos ??? Afinal, o partidão não toma posição alguma além daquela de se manter no poder !!!


publicado 26/10/2009 17:05:11 - JM News


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