quarta-feira, novembro 25, 2009

E agora estamos notificados


O papo é que o governo de facto de Honduras entrou com uma ação de ingerência contra o Brasil, na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas (principal órgão judiciário da ONU – Organização das Nações Unidas), com sede em Haia, na Holanda, por meter o bedelho nos assuntos internos do país, devido à questão de conceder asilo político na embaixada brasileira em Tegucigalpa, ao presidente José Manuel Zelaya, deposto num golpe de estado, em 28 de junho de 2009.

Como o Brasil perdeu sua condição de mediador por não reconhecer a legitimidade do governo golpista, uma missão diplomática liderada pelo embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, deve ir à capital hondurenha para tentar resolver a crise, pois, o Itamaraty afirma que o governo de facto de Honduras, não teria o direito a recorrer à Corte Internacional de Justiça, pela questão de não ter o reconhecimento da comunidade internacional. Um pequeno engano, visto que, outros Estados poderão fazê-lo sob certas condições estipuladas pelo Conselho de Segurança, que pode encaminhar à Corte qualquer controvérsia jurídica, desde que tenham para isso, uma autorização da Assembléia Geral.

O governo de Micheletti sinaliza que pode, inclusive, pedir uma indenização ao governo brasileiro pelos prejuízos causados em abrigar Zelaya na sua embaixada. Atitude considerada essa, como prática de intervenção e mudança de ordem pública da República de Honduras (conforme emana a sua constituição).

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Essa intransigência que envolve o presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya (tirado do poder e expulso do país em junho por um golpe militar, e que surpreendente se materializou na embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde encontra-se abrigado desde que voltou clandestinamente a Honduras em 21 de setembro), e o presidente de facto de Honduras, Roberto Micheletti (que afirma que não existe diálogo com os zelayístas até as eleições presidenciais e parlamentares de 29 de novembro), promete muito pano pra manga, principalmente agora, que crimes misteriosos andam ocorrendo no país, como o assassinato de Enzo Micheletti, de 24 anos, filho de um irmão já falecido do presidente de facto de Honduras, somado a morte do coronel do Exército, Concepción Jiménez, baleado à queima-roupa por desconhecidos quando chegava em sua casa em Tegucigalpa.

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Em suma. Um pedido caricato, burlesco e ridiculamente risível. Como pode acusar um país de ingerência, sendo que o mesmo acolheu na embaixada uma solicitação de asilo. A posição do Brasil é clara e está voltada simplesmente no acompanhamento do assunto, baseada na convicção dos direito humanos e do direito internacional estipulado sobre questão de abrigo político.

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Ah! Neste caso, deveriam denunciar o cínico bolivariano, todo poderoso senhor da Venezuela, pseudodemocrata e agora dono do Hilton Hotel, Hugo Chávez, por conivência, cumplicidade por tolerância em acordo pecaminoso e colaborador moral no delito por perpetrar prejuízo alheio.
publicado 29/10/2009 17:36:16 - JM News

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