terça-feira, dezembro 09, 2008

Três tipos de medo

.

A saúde na região dos Campos Gerais está na UTI. Ponta Grossa encontra-se abandonada em todas as esferas, sejam elas, na federal, na estadual e na municipal.

Na esfera estadual: “Famílias aguardam até 10 horas no IML” (matéria publicada no dia 03/12, no Jornal da Manhã).
As pessoas não vão ao IML (Instituto Médico Legal) apenas para fazer uma visita ou conhecer a sua estrutura. Não é fácil, numa hora de dor, ter que suportar mais de dez horas para aguardar a chegada de um médico legista, que se desloca da capital para o interior, para fazer a necropsia e autorizar a liberação do corpo. Prática concluída em um prazo aproximado de quinze minutos.

O problema está no entrave burocrático que atrasou a homologação do concurso público realizado este ano, e pelo andar da carruagem só deverá acontecer em janeiro.

===

Na esfera municipal: “Frota de ambulâncias da Saúde continua na oficina” (matéria publicada no dia 03/12, no Jornal da Manhã).
Das oito ambulâncias de responsabilidade do município e pertencentes ao Samu (Serviço Móvel de Atendimento à Urgência), seis encontravam-se baixadas, isto é, com problemas mecânicos. Logo, seria passível de manchete, “Siate atende o Samu”.

Bem sei que após a publicação dessa matéria, o problema tomou corpo e houve agilidade para a solução do mesmo. E é óbvio que não se pode prever quebras como esta, mas planejamento é importante.
O problema decorreu devido à falta de aditivos contratuais com a mecânica que trata dos reparos. Este acréscimo é viabilizado pela Prefeitura.

===

Na esfera federal: “Vítimas de câncer ficam sem atendimento em PG” (matéria publicada no dia 03/12, no Jornal da Manhã).
Falta de credenciamento esbarra em uma medida do Governo Federal que interrompe o atendimento de hematologia clínica e oncologia para toda a 3ª Regional de Saúde que abrange as cidades de Arapoti, Castro, Jaguariaíva, Palmeira e Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

Amemia e leucemia somente em Curitiba e as famílias carentes que não tem como custear o deslocamento até a capital precisam madrugar para utilizar o transporte público gratuito oferecido pela prefeitura.

A raiz do problema está no Ministério da Saúde que privilegia o credenciamento para hospitais públicos. Mas, se havia um credenciamento e este venceu o seu prazo de validade, a falha é do setor administrativo, que não se antecipou ao fato para agilizar a renovação.
.

Nenhum comentário: