quarta-feira, abril 07, 2010

Desculpa esfarrapada


O papo é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em um discurso recente, que o seu sucessor terá muito trabalho e jogo de cintura para discutir a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Segundo ele, sem esse referido imposto que era destinado para a área da saúde e que foi derrubado de forma imatura no seu mandato, fica praticamente impossível administrar esse setor com a qualidade necessária para satisfazer a demanda na qual lhe é exigida.

Em suas palavras, Lula confessou que ainda se sente magoado e ofendido com o golpe aplicado pela sua oposição no senado, que tiraram dos cofres da União, cerca de 40 bilhões de reais por ano destinado ao principal programa de assistência pública e social brasileiro, e seja lá quem for o seu sucessor, não terá outra alternativa, senão colocar novamente em pauta a volta desse imposto.

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Pois bem, como não faço parte do funcionalismo governamental, e aproveitando o ensejo de que sou um cidadão comum que aspira a benesse de viver em um país democrático e lindo por natureza (salvo quando o STF cassa a opinião de um veículo de comunicação que procura divulgar provas substanciais de suspeita ligação de corrupção onde envolve o filho de um coroné do Maranhão), traço o uso da observação por um outro ponto de vista.

Não seria mais fácil, senhor presidente, parar de gastar dinheiro com bobagens extras, de diminuir a corrupção, de racionalizar os gastos públicos, de parar de colocar espécies monetárias aonde não tem necessidade de colocar, como em auxílio a países amigos de Hugo Chávez, ou então, em campanhas políticas. De parar de dar sobretaxa a obras para que os empreiteiros possam apoiar os partidos políticos na hora da campanha, de enxugar o estado brasileiro, de parar de meter aspone para dentro da máquina pública, de parar de aprovar emendas como aquela que oficializa a entrada de mais de sete mil vereadores no país, que é uma coisa que nós não precisamos. E por aí vai...

É só canalizar o recurso dessas mordomias para a saúde que estará tudo bem, senhor presidente.

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Em suma; Ficou provado que a exclusão da CPMF na área da saúde não abalou a massa de dinheiro na mão do governo federal, porque o imposto arrecadado que era pago pelo povo brasileiro não parou de aumentar. O aumento da arrecadação da massa tributária no Brasil foi de tal ordem que a CPMF (que de resto era destinada a cumprir com um compromisso internacional e, portanto, não ia coisíssima nenhuma para a saúde), não chegou a sacudir a estrutura econômica do Brasil. É só perguntar para quem trabalha na área da saúde ou para quem depende dela, se quando existia a CPMF a saúde pública era diferente do que ela é hoje.

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Ah! Não precisa aumentar imposto com a desculpa de destinar dinheiro para a saúde, porque o governo não se compromete com a integralidade na qual esse recurso estava destinado. E tem mais. É necessário parar de colocar a culpa no contribuinte que já paga imposto demais e que normalmente se depara com atos de desvios e de corrupção.

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