quinta-feira, abril 22, 2010

Quando um formador de opinião contesta a própria natureza




O papo é que quando um formador de opinião contesta a própria natureza é por que alguma coisa de especial tem por debaixo desse angu sem caroço mole.

Eu explico! O fato é que o presidente da república deixou um recado nas entrelinhas para o opositor presidenciável e pré-candidato, que é o seguinte: “Quem estiver na disputa presidencial vai ter que ralar muito perante o público, portanto, não adianta acordar às nove da manhã e fazer reuniões com formadores de opinião, que não vai a lugar nenhum”.

Num ponto ele tem razão, pois, um candidato, para ganhar essa eleição (mais especificamente), vai ter que botar o pé na lama, vai ter que ralar muito, vai ter que trabalhar para conquistar os votos da maioria dos brasileiros, embora, ainda tenha alguns que votam na base do Big Brother. Inspirados pelas abobrinhas e ladainhas da televisão.

A característica é a primordial do “bom político” (ou de qualquer outro governante) que sempre tenta desqualificar aqueles que se opõem no campo das idéias. Não se discute os méritos. Não se questiona outros aspectos. A idéia é bastante simples. É derrubar com pressupostos todos os subentendidos. Nem que seja para disfarçar (um pouquinho), perante a clientela consumidora de informação.

=== === ===

Bem! Qual é o problema de se levar em consideração os formadores de opinião? Problema algum! Pois, quando o político não está em contato com o povo, ele está em contato com formadores de opinião, e no meu reles entendimento, isso acaba soando como se o povo (o grande consumidor desses ideais) não tivesse uma opinião formada (embora muitos ainda votem no estilo Big Brother) e apenas dependesse dos discernimentos e dos ideais da representação partidária para sim, desenvolvê-lo. Em outras palavras, subestimar, ou desdenhar. Como se apenas “eles” fossem os detentores da capacidade de se comunicar com o público.

=== === ===

Em suma; Desde que o reeleito presidente trocou o torno mecânico de uma siderúrgica no ABC por uma mesa no sindicato dos trabalhadores, ele se tornou um formador de opinião. E dos bons, senão ele não estaria ocupando o cargo que ocupa hoje. Ele é apenas e nada mais, que um formador de opinião. E só tem feito isso desde os tempos idos de sindicalista, tanto que nos dias atuais, conquista a aprovação de cerca de 80% da opinião pública, segundo pesquisas.

Portanto, essa tentativa de desqualificar o formador de opinião, fazendo de conta que ele não o é, não justifica a conduta, o parecer, o conceito ou a conjectura.

=== === ===

Ah! Se tem um baita de um formador de opinião bem sucedido neste país. Esse formador é o mesmo crítico que articula as premissas antecipadamente para não deixar margens para os subentendidos. Tal qual como vossa excelência.

Ora, faça-me o favor…


por Sandro Ostroski

Nenhum comentário: