sexta-feira, novembro 21, 2008

Fidelidade partidária

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Nesta semana foi discursado no Plenário da Câmara dos Deputados Federais um assunto que trata de uma possível aprovação do projeto em que abre uma janela para que parlamentares troquem de partido em determinado período antes das eleições (sem que, desrespeitem a ação de infidelidade partidária).

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Ora essa, ou você é ou você não é. A fidelidade partidária não é um arranjo de flores e muito menos pode ser tratada como arranjo de forças. Afinal o mandato é do partido ou do político eleito? O debate é posto à prova e vale a observação que quem está do lado de quem.

(...) então penso eu: “Polaco”, não se iluda, não existe mais fidelidade ideológica partidária – não existe, e posso apontar inúmeros exemplos de personalidades políticas que trocaram de partido e ainda por cima, acabaram virando o próprio cacique do partido assim, da noite para o dia, submetendo a ideologia do partido ao seu bel prazer, resultado dos conchavos que alimentam as alianças partidárias e a distribuição de cargos comissionados.

A lista dos mais mais, que compõe o top dos embutidos e amasiados que abusam desta prática de troca-troca partidário é grande, e não vem ao caso enumera-las neste momento. Cabe sim a observação e a responsabilidade do eleitor que se deixa confundir.

É necessária muita discussão. É necessária uma reforma política completa e não pela metade. Bem sei que não é fácil, pois trata-se de uma profusão com mais de 30 partidos políticos. E como aglutinar esses partidos em mais de 5.500 municípios espalhados por esse Brasil?

É muito partido político para pouca fidelidade partidária, ou melhor, não existe lealdade, probidade, tudo não passa de uma grande suruba, uma verdadeira prostituição, onde o político submisso se vende, visando apenas a sua projeção pessoal e nada mais. É prova cabal de que o político que se sujeita a essa prática de infidelidade, não compareceu a aulas de ética.
Abra os olhos caríssimo leitor.
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