quinta-feira, dezembro 03, 2009

Galho de arruda não serve contra mal olhado


O papo é que José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal pelo partido dos Democratas (DEM-DF) é um especialista em explicar a razão de uma mancha de batom na cueca para todos os demais interlocutores interessados e atentos na questão de como se arrecada dinheiro para honrar o compromisso social e pagar a beneficie de uma promoção assistencialista aos infaustos, desditosos e desventurados, vítimas do descaso e da inserção social que um mundo capitalista e globalizado proporciona aos infortúnios, através da distribuição de panetones para adocicar a aventurança de um próspero natal.

José Arruda (DEM-DF) é um político que diz, mas não condiz. Uma hora afirma e outra hora não corrobora. É sempre vítima de um sistema que provoca ensejos, e assim por diante. Por isso, se declara cândido, puro, imaculado e ingênuo. Em 1995 saiu do PP (Partido Progressista), rompeu com Joaquim Roriz (amigo de fé e irmão camarada, até aonde deu) e ingressou no PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira). Em 1998 foi candidato ao governo do Distrito Federal pela primeira vez, tendo sido derrotado em primeiro turno.

Depois das várias trocas de ideologias políticas, se abraçou com Toninho Malvadeza (egresso da UDN, ARENA, PDS e PFL, e que teve os Democratas como sua última agremiação partidária. Também foi meio dono do estado da Bahia e deixou resquício de sua prole na política nacional) e assumiu o PFL (Partido da Frente Liberal, morto pela razão social) que virou DEM como conceito de segurança.

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Em suma, galho de arruda contra as forças do mal não funciona. Tem mensalão na cueca. Tem mensalão no bolso. Tem mensalão na gravata e agora tem mensalão na meia. Brasília concentra a sede institucional do governo federal, e por isso, passa despercebida quando a questão envolve o quesito de governança de estado, pois, quem não é candango, enxerga a capital como sede da república e esquece que lá, existe um governo distrital.

E o que esperar de uma pessoa que renunciou a titularidade de senador da república, violou um painel eletrônico de votação em favor de lobby (do dono do time do Brasiliense), assumiu e depois desassociou suas conjunturas através de discursos demagógicos na tribuna do senado para evitar um processo de cassação (que poderia torná-lo inelegível por aproximadamente 9 anos) para depois, se eleger governador do Distrito Federal (que me perdoe os candangos não esclarecidos). O passado já condena, e a alegação típica de defesa orientada pelo ótimo quadro de advogados (pago com ótimos recursos financeiros), afere a responsabilidade ao governo anterior. Cautela para quem ganha tempo enquanto a base do governo opta em se desfazer. O PDT (Partido Democrático Trabalhista) está deixando o governo. O PSB (Partido Socialista Brasileiro) está deixando o governo. O PPS (Partido Popular Socialista) está deixando o governo. Tudo com vistas para as próximas eleições.

Impichtmam é uma palavra que não assusta mais. Os mensaleiros de partidos como PT, PDT, PSDB estão todos ai. O PMDB não cassa e nunca cassou ninguém, o que é um belo exemplo para quem segue a filosofia do falecido PFL, hoje DEM.

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Ah! José Roberto Arruda, atua desde os tempos da redemocratização. Se abraçou com vários amigos eternos que hoje são desafetos, todos nomeados por José Sarney (coroné do Maranhão, mas eleito senador pelo Amapá - que me perdoe os amapaenses mal informados). Ocupou vários cargos públicos, iniciou a construção do metrô de Brasília (superfaturado e que permanece inacabado até hoje), até chegar ao cargo de governador. (tsk!) José Roberto Arruda é um amor de pessoa.
publicado 01/12/2009 19:48:50 - JM News
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