quarta-feira, agosto 12, 2009

A infertilidade produtiva do Senado


Dá tamanha canseira comentar os fatos recentes produzidos pelo senado, e principalmente aqueles onde envolve o presidente da Casa quase afastado, ex-presidente da república, coroné do Maranhão, mas eleito senador pelo estado do Amapá (que me perdoe os amapaenses que votaram num político pesando que ele era escritor) pelo partidão de todos os governos PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro).

Como implica, as representações contra o presidente da Casa quase afastado, absorve um caráter de extrema delicadeza (e vários políticos já caíram por muito menos), o que deixa para nós (povo), uma imagem degradante de um senado, ou melhor, daquilo que deveria ser um conselho supremo de representantes indicados pelo povo para legislar em benefício do povo.

A oposição demonstra resistência e em meio às entrelinhas de um manifesto assinado por 39 dos 81 senadores (e isso equivale a quase 50% do pleito) lido em plenário, onde resultou em novos episódios de bate-boca devido a afirmação de que para iniciar a recuperação da dignidade do Senado é necessário a apuração com credibilidade de todas as denúncias contra a administração da Casa. Lógico, o afastamento do presidente da instituição é uma questão irrevogável, irrefutável, e que envolve ética acima de tudo. Detalhe, o PT (Partido dos Trabalhadores) não assinou a nota à primeira vista.

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Agora, o presidente do Conselho de Ética, senador Paulo Duque, suplente do suplente do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) do Rio de Janeiro (RJ), arquivou todos os processos contra o presidente da Casa, como já estava previsto e esperado. Ao todo, foram 11 processos despejados na gaveta e com a custódia da guarda da chave, nas mãos de uma pessoa com um cargo político de primeiro escalão e eleito sem o voto popular (ai que falta que faz uma reforma política séria).

A oposição afirma que irá recorrer no próprio Conselho de Ética (e aí cheira mais uma armação política para ganhar tempo e travar todo o trabalho que realmente seria sério para um senado produtivo, pois, é inevitável o afastamento do presidente da Casa para que o processo siga em andamento), o que estica o prazo dos próximos capítulos da novela “O Poder do Maranhão nas mãos do Amapá”.

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O DEM (Democratas) e os Tucanos (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira) necessitam apenas de cinco votos para jogar toda a merda no ventilador do plenário, mas o enrosco definitivo se dará com oito, e a responsabilidade do voto de Minerva, é a bancada do PT, que, sobre circunstâncias “ideológicas e políticas”, não admite a questão do ato secreto em que o presidente da Casa quase afastado, ex-presidente da república, coroné do Maranhão, mas eleito senador pelo estado do Amapá (que me perdoe os amapaenses que votaram num político pesando que ele era escritor) pelo partidão de todos os governos PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), José Sarney, nomeia o namorado da neta para um cargo comissionado – mas isso é ladainha.

Com a questão armada, a resultante é uma pressão política, de grandes proporções para a aliança firmada entre o PT/PMDB. Isso, o governo não quer, mas o afastamento de José Sarney (PMDB-AP), embora demorado, é inevitável, pois existem dissidências, tanto pelo PMDB, como pelo PT.

O Palácio do Planalto negocia com toda a força, mas a batata é quente e novamente veremos dardos tranquilizantes sendo disparados a esmo, em todas as direções, e cruzando o céu do plenário a fim de atingir o máximo denominador comum de políticos que levem a continuidade governamental para as eleições de 2010.

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A opinião pública está de olho.

Eu estou de olho.

Mas, divertido mesmo, é ouvir as frases de insultos proclamadas no púlpito da tribuna do plenário, quando algum político diz: tire esse seu dedo sujo da minha cara! E recebe como revérbero, a afirmação: Isso é porque você fica se encostando em mim.

É, (...) o buraco é mais em baixo !!!

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