quarta-feira, agosto 12, 2009

E o governo manda bala no Bolsa Família



O Governo Federal aumentou em praticamente 10% o rendimento do Bolsa Família, que atende atualmente, cerca de 11 milhões de pessoas aparentadas de baixa renda e cadastradas no plano de governo - que ainda pretende incluir mais 500 mil famílias em agosto deste ano e mais 500 mil em outubro, além de ampliar o índice de idade média que passará a considerar compatível ao programa, jovens com duração ordinária de vida de 16 anos.
Isso corresponde ao dobro da inflação dos últimos 12 meses. É um numerário imenso e um dinheiro que não estava previsto no Orçamento da União para este ano, o que significa que, haverá uma modificação na receita para se fazer atender a demanda do intento institucional do projeto.
É um problema sério e ninguém, ou melhor, nenhum político que se preze irá de encontro a um programa como esse. É complicado assumir uma posição contraditória, portanto, o Congresso certamente irá aprovar.
Fica muito difícil tecer críticas ao Bolsa Família. A situação é completamente esquizofrênica, porque ao mesmo tempo em que se critica um programa social dessa envergadura, se exige do Governo, um plano original que volte ao velho padrão de política que luta pela segurança, saúde e educação.
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O golpe é baixo e brutal, porque a liberação e a utilização do uso e fruto dos benefícios desse programa serão em pleno ano eleitoral, assim como, os seus efeitos políticos que apontam um aumento de 3% na aceitação do governo Lula, nas regiões onde o Bolsa Família está mais presente (segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas).
E se calcularmos que o benefício atinge 12 milhões e meio de famílias, que, multiplicado pela média de quatro pessoas, gera um numerário próximo a 60 milhões de indivíduos, isso resulta em algo correspondente a 30% da população brasileira.
O programa está mais para reforço eleitoral do que para programa social.
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É preocupante...
O Governo prega e afirma que esse programa atua em favorecimento do social e no ganho para a economia regional, mas na verdade essa mudança não é real, é uma mudança de fachada, é uma mudança embutida, porque só haverá giro econômico enquanto o governo manter esse benefício, e esse benefício não é vitalício. Não há fomento. O Governo é que sustenta essa economia pela disponibilidade em espécie monetária, e nada indica que esse programa seja eternamente sustentável.
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Outra questão;
O problema é que os programas sociais que deveriam cumprir com êxito a relação da inserção social para que o indivíduo possa sair desse programa e se tornar autossuficiente não acontece, por que as pessoas se acomodam ao ganho mensal garantido e patrocinado pela República Federativa. Isto é, o governo dá o peixe e não ensina a pescar.
É uma coisa contrária do que se prega e acaba se tornando uma espécie de aposentadoria precoce.

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