quinta-feira, julho 09, 2009

Sacanagem legal ... (izada)


E no maior discurso deslavado e cara de pau que ouvi pela manhã, proferido pelo então deputado federal Arnaldo Faria de Sá, do Partido Trabalhista Brasileiro, representante legítimo do estado de São Paulo (PTB-SP), que justificava a referente aprovação dos deputados membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que propõe o aumento (ou melhor, inchaço) no número de vereadores para as principais casas municipais legislativas das maiores cidades do país, me encheu de náusea no complemento do café da manhã.

Com a aprovação da Câmara, a PEC dos Vereadores segue agora para análise de uma comissão especial que dificilmente irá estorvar, dificultar, ou aplicar algum impedimento. A proposta aumenta a quantidade de vereadores dos atuais 51.748 para 59.791, além de criar 24 faixas para uma composição que estabelece percentuais de despesas às câmaras municipais, observando-se a população do município e tendo como base a arrecadação total no ano anterior.

E pasmem prezados leitores. O aumento é retroativo ao ano de 2008 e deverá entrar em vigor em 1º de janeiro de 2010, o que faz com que, os muitos suplentes que aguardavam ansiosos e esperançosos na fila de espera, serem atingidos por um estado de torpor, ou uma condição de felicidade e satisfação mútua.

Agora, a postos, de malas prontas, e com direito a plantão nas portas dos gabinetes, a alegria está estampada nos rostos daqueles futuros camaristas que apenas aguardam a aprovação final do texto, tanto como, a sua publicação no Diário Oficial da União.

Apenas quatro parlamentares se posicionaram contra àqueles restantes que entenderam que a proposição cumpre com os requisitos jurídicos e formais para tramitar sem nenhum empecilho.

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Ou seja, prezado leitor. A criação dessa emenda não pode ser considerada ou tratada como a criação de um novo trem da alegria, mas sim, como a criação de um verdadeiro transatlântico da alegria.

Chega a ser vergonhoso propor uma emenda como essa num país onde se deveria enxugar a máquina pública. Num país, onde um simples diretor de garagem oficial ganha vezes mais, que um médico especialista, pós-graduado e com doutorado.

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A proposição desse relator do Partido Trabalhista Brasileiro, legítimo representante do estado de São Paulo (que me perdoe os paulistas que votaram nele, mas...), é simplesmente indecente, indecorosa, obscena, torpe, lasciva e requer maior observação por parte dos eleitores para que não cometam maiores erros em eleger representantes com tais qualificações.
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